Economia

Inadimplência deve cair, prevê economista da BB DTVM

Os altos níveis de emprego e de massa salarial, além da possibilidade de refinanciamento de dívidas, são fatores que prenunciam queda

O processo de recuo do nível de inadimplência vai se refletir em aumento do crédito no País, diz o banco (Claudio Rossi/VOCÊ S/A)

O processo de recuo do nível de inadimplência vai se refletir em aumento do crédito no País, diz o banco (Claudio Rossi/VOCÊ S/A)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2012 às 16h19.

São Paulo - O gerente da Divisão de Macroeconomia da BB DTVM, Marcelo Arnosti, disse nesta segunda-feira que a inadimplência no País tem perspectiva de queda no segundo semestre do ano. De acordo com ele, os altos níveis de emprego e de massa salarial, além da possibilidade de refinanciamento de dívidas por causa do processo de redução de juros em curso no Brasil, são fatores que prenunciam uma queda em um prazo de cerca de três meses. "A inadimplência pode até subir um pouquinho no curtíssimo prazo, mas cederá neste segundo semestre", afirmou, após workshop realizado na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo.

De acordo com Arnosti, o processo de recuo do nível de inadimplência vai se refletir em aumento do crédito no País, apontando para um aumento do consumo nos próximos meses. "Renda robusta e juros reais em queda favorecem a confiança do consumidor", disse. "Mas o crédito vai ser um suporte adicional." A BB DTVM prevê um aumento no consumo das famílias de 1,4% no segundo trimestre deste ano; de 1,8% no terceiro e de 1,6% no último trimestre de 2012.

Arnosti destaca que o comprometimento mensal da renda das famílias está em 22%, nível abaixo do limite estipulado pelos bancos para a concessão de crédito - geralmente de 30%.

"Na prática, não se sabe se o nível de endividamento é alto ou não. Não há consenso sobre qual o nível de endividamento que, de fato, restringe o consumo", afirmou. Além disso, ressaltou, 45% das dívidas das famílias têm prazo inferior a um ano e boa parte desses compromissos tem prazo de até seis meses. "Daqui a seis meses haverá mais espaço para novas dívidas do consumidor", previu.

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