Economia

Inadimplência de empresas tem maior alta desde 2006

A alta foi de 9,4% em maio ante o mês anterior, a maior elevação verificada há sete anos

Em relação a maio de 2011, o aumento foi de 13,2% (SXC.hu)

Em relação a maio de 2011, o aumento foi de 13,2% (SXC.hu)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2012 às 11h28.

São Paulo - O Indicador de Inadimplência das Empresas, divulgado nesta quarta-feira pela Serasa Experian, registrou alta de 9,4% em maio ante o mês anterior, a maior elevação verificada na passagem de abril para maio desde 2006. Em relação a maio de 2011, o aumento foi de 13,2%. Já no acumulado entre janeiro e maio, o avanço foi de 17,5% frente ao mesmo período do ano passado.

De acordo com nota distribuída à imprensa, os economistas da empresa atribuem a evolução da inadimplência em maio à sazonalidade do mês, mas desta vez "potencializada por uma série de entraves econômicos", como atividade econômica fraca, baixo nível de crédito externo, forte inadimplência dos consumidores e queda nas exportações provocada pela crise global.

O indicador é nacional e considera as variações no número de cheques sem fundos, títulos protestados e dívidas vencidas com instituições bancárias e não bancárias. Para a Serasa Experian, a forte expansão mensal dos protestos de títulos (19,4%) antecipa um provável aumento do número de requerimentos de falências. Em relação a abril, a inadimplência das empresas subiu 0,5% nas dívidas não bancárias, 2,5% nas dívidas com bancos e 20,2% nos cheques.

Nos cinco primeiros meses de 2012, as dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água) tiveram um valor médio de R$ 775,74, o que representou um crescimento de 4% ante igual período de 2011. O valor médio das dívidas com bancos subiu 4,3% e chegou a R$ 5.269,13. Em relação aos títulos protestados, o valor médio ficou em R$ 1.914,33 (alta de 11,1%). Já os cheques sem fundos registraram em média R$ 2.191,88, aumento de 6,5% na comparação o acumulado de janeiro a maio de 2011.

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