Economia

Inadimplência das famílias fica estável em outubro

Apesar da estabilidade da inadimplência das famílias pelo quarto mês seguido, Tulio Maciel mantém a expectativa de redução em 2012


	O chefe do Departamento Econômico do Banco Central: segundo Tulio Maciel, os prazos para financiamento de veículos agora são menores
 (Elza Fiúza/ABr)

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central: segundo Tulio Maciel, os prazos para financiamento de veículos agora são menores (Elza Fiúza/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2012 às 12h27.

Brasília – A inadimplência das famílias ficou estável em 7,9%, em outubro. O índice se refere aos atrasos acima de 90 dias. No caso das empresas, de setembro para outubro, houve alta de 0,1 ponto percentual, para 4,1%, segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC).

Apesar da estabilidade da inadimplência das famílias pelo quarto mês seguido, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel mantém a expectativa de redução em 2012. “Mantemos a expectativa de redução da inadimplência ainda este ano, tendo em vista o crescimento do emprego, da renda e a redução da taxa de juros”, argumentou.

Maciel acrescentou que a inadimplência cresceu ao longo de 2011 devido à expansão de crédito no final de 2011, principalmente de financiamentos de veículos com prazos muito longos e baixos valores de entrada. No final de 2010, o BC adotou medidas para conter a expansão desses financiamentos. De acordo com Maciel, os indicadores do crédito para a compra de veículos estão mais “favoráveis”, com arrefecimento da inadimplência. De setembro para outubro, a inadimplência nessa modalidade caiu 0,1 ponto percentual, para 5,9%.

Segundo Tulio Maciel, os prazos para financiamento de veículos agora são menores, os bancos estão mais seletivos e as garantias “têm sido bem melhores que aquelas dadas no período de 2010 e início de 2011”. “Também por termos contornado esse problema, nossa expectativa é redução de inadimplência ainda este ano”, reforçou.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCréditoInadimplênciaMercado financeiro

Mais de Economia

Haddad: reação do governo aos comentários do CEO global do Carrefour é “justificada”

Contas externas têm saldo negativo de US$ 5,88 bilhões em outubro

Mais energia nuclear para garantir a transição energética

Boletim Focus: mercado reduz para 4,63% expectativa de inflação para 2024