Economia

Inadimplência cai ao menor patamar desde 2005

Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, há espaço para o índice diminuir ainda mais

Altamir Lopes não se surpreende com o comportamento do crédito em abril (.)

Altamir Lopes não se surpreende com o comportamento do crédito em abril (.)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2010 às 14h57.

Brasília - A inadimplência de pessoas físicas em operações de crédito é a menor desde dezembro de 2005. O documento divulgado pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (26) aponta que a taxa em abril ficou em 6,8%, uma queda acumulada de 1,6 ponto percentual nos últimos 12 meses.

Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, há espaço para que o índice caia ainda mais, fazendo com que os juros cobrados pelos bancos em operações de crédito não subam "tanto". O nível de inadimplência para a pessoa jurídica está em 3,6% e a total (pessoas físicas e jurídicas) está em 5%.

Os juros cobrados nas operações de crédito para pessoas físicas subiram de 41%, em março para 41,1%, em abril. Este foi o primeiro aumento desde janeiro deste ano. Dados do BC explicam que esta subida se deve, principalmente, à elevação dos custos de captação das instituições financeiras.

Os dados parciais até o dia 13 de maio - calculado dos 9 primeiros dias úteis do mês - revelam que as taxas de juros cobradas pelos bancos em operações realizadas por pessoas físicas continuam aumentando. A taxa média de juros cobrada pelos bancos subiu 0,5 p.p., mas Altamir Lopes ressaltou que os dados ainda são prévios.

O estoque de crédito no sistema financeiro cresceu 1,1% em abril em comparação a março, totalizando R$ 1,468 trilhão. No acumulado do ano, os financiamentos aumentaram 3,8% e, em 12 meses, 17,6%. Com a expansão em abril, a relação entre os empréstimos e o Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 45%, para 45,2%. Para Lopes, o crédito vem crescendo a taxas razoáveis.
 

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBancosCréditoFinançasMercado financeiro

Mais de Economia

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs

Haddad evita comentários sobre o Copom e diz que decisão “atrasada” do FED trará ventos favoráveis

Análise: Copom deixa a porta aberta para acelerar ritmo de alta da Selic para 0,5 ponto percentual