Economia

Impulso aos negros sul-africanos não encerrou desigualdade

Programa de impulso econômico para os negros, que fez emergir uma classe média multirracial, não acabou com os níveis "inaceitáveis" de desigualdade


	Sul-africanos em protesto: apesar de reformas, o país ainda registra "níveis inaceitáveis ​​de pobreza, desigualdade e desemprego", disse presidente
 (Stephane de Sakutin/AFP)

Sul-africanos em protesto: apesar de reformas, o país ainda registra "níveis inaceitáveis ​​de pobreza, desigualdade e desemprego", disse presidente (Stephane de Sakutin/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 14h25.

Joanesburgo - A África do Sul celebrou nesta quinta-feira o décimo aniversário de um programa de impulso econômico para os negros, que fez emergir uma classe média multirracial, inexistente durante o regime racista do apartheid, mas que não acabou com os níveis "inaceitáveis" de desigualdade.

"Houveram sucessos e dificuldades" no programa, admitiu o presidente sul-africano Jacob Zuma, ao inaugurar uma cúpula de dois dias em Joanesburgo para "refletir sobre o que funciona e o que não funciona" nesta lei que entrou em vigor em 2003.

Apesar de suas reformas, a África do Sul ainda registra "níveis inaceitáveis ​​de pobreza, desigualdade e desemprego", disse Zuma.

O programa de impulso econômico aos negros (BEE, Black Economic Empowermen) impôs às empresas a promoção a cargos de responsabilidade de pessoal negro - termo genérico para todas as comunidades que sofreram com o apartheid, africanos, índios e mestiços - e que este pessoal fosse formado.

Zuma considerou que o estado africano continuará a intervir para promover uma maior participação da maioria negra na economia do país.

"Nós ainda estamos esperando mais empresários de raça negra", disse o presidente.

Desde o fim do apartheid, em 1994, o número de líderes negros na economia sul-africana aumentou, mas a maioria dos altos cargos continua a ser ocupada por homens brancos.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaÁfrica do SulNegros

Mais de Economia

Governo avalia mudança na regra de reajuste do salário mínimo em pacote de revisão de gastos

Haddad diz estar pronto para anunciar medidas de corte de gastos e decisão depende de Lula

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 321,4 bi na economia do país este ano, estima Dieese

Haddad se reúne hoje com Lira para discutir pacote de corte de gastos