Economia

Imprensa internacional elogia nova equipe de Dilma

Para o Financial Times, anúncio é o maior ponto de inflexão da economia brasileira desde a primeira posse de Dilma

Joaquim Levy, indicado para assumir o Ministério da Fazenda, durante anúncio da nova equipe econômica (Ueslei Marcelino/Reuters)

Joaquim Levy, indicado para assumir o Ministério da Fazenda, durante anúncio da nova equipe econômica (Ueslei Marcelino/Reuters)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 17h30.

São Paulo - O anúncio da nova equipe econômica de Dilma Rousseff - Joaquim Levy na Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento e Alexandre Tombini no Banco Central - foi bem recebida pela imprensa econômica mundial.

Para o Wall Street Journal, isso significa que Dilma "ouviu os chamados" do mercado por mais controle de gastos e menos intervenção governamental, mas há dúvidas de que ela terá a "paciência" necessária para esperar seu time fazer um bom trabalho.

Um professor ouvido pela reportagem disse que a credibilidade de Levy é inquestionável - a de Dilma que não é.

Segundo o Financial Times, o anúncio é possivelmente o maior ponto de inflexão da economia brasileira desde que Dilma assumiu em 2011 para seu primeiro mandato.

O jornal britânico destacou que a "nova matriz econômica" reforçada após a crise do euro com controle de preços, desonerações pontuais e queda dos juros sufocou o investimento e o crescimento do país.

O apelido "mãos de tesoura" foi citado pela Bloomberg, que lembrou que a gestão de Levy nas finanças do Rio de Janeiro foi responsável pelo estado ter conseguido o grau de investimento.

A reportagem diz que o ânimo experimentado pelos mercados nos últimos dias só sera sustentável, no entanto, com a implementação de políticas concretas.

A revista The Economist lembrou que o perfil da equipe é contraditório com o que Dilma defendeu durante a campanha e que ela precisará dar espaço para que eles implementem políticas diferentes:

"Nenhum presidente brasileiro moderno se deparou com um ponto de partida tão fraco. Ela tentou compensar isso pegando o time econômico mais forte que os brasileiros poderiam razoavelmente esperar. É pelo menos um começo."

Acompanhe tudo sobre:EmpresasFinancial TimesGoverno DilmaJoaquim LevyJornaisMídiaServiçosThe EconomistWall Street Journal

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs