Economia

Impostômetro: brasileiros já pagaram R$ 2,5 trilhões em impostos este ano

O valor, registrado nesta quarta-feira, representa o total de impostos, taxas e contribuições pagos pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estadual e municipal desde o início do ano

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora da Homepage

Publicado em 20 de agosto de 2025 às 10h23.

Os contribuintes brasileiros já pagaram R$ 2,5 trilhões em impostos em 2025, segundo os dados do Impostômetro, painel instalado da sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), localizado no Centro Histórico da capital paulista.

O valor, registrado nesta quarta-feira, 20, às 10h, representa o total de impostos, taxas e contribuições pagos pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estadual e municipal desde o início do ano, incluindo multas, juros e correção monetária.

Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o Impostômetro registrou R$ 2,287 trilhões, houve um crescimento de aproximadamente 9,31%.
Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, explica que esse aumento foi registrado 23 dias mais cedo do que no ano passado devido a uma combinação de fatores que impulsionaram a arrecadação tributária. “Entre eles, destaca-se o aquecimento da atividade econômica.”

Ele acrescenta que a inflação também desempenhou um papel relevante, uma vez que o sistema tributário brasileiro é majoritariamente baseado em impostos sobre o consumo, que incidem diretamente sobre os preços dos bens e serviços.

O economista também aponta outros fatores que explicam o crescimento da arrecadação:

  • a tributação de fundos exclusivos e offshores;
  • mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados;
  • retomada da tributação sobre combustíveis;
  • a tributação das apostas (Bets);
  • impostos sobre encomendas internacionais (como a taxa sobre as “blusinhas”);
  • a reoneração gradual da folha de pagamentos;
  • o fim de benefícios fiscais para o setor de eventos (PERSE);
  • o aumento das alíquotas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
  • o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O que é o Impostômetro?

O Impostômetro é um painel implantado em 2005 pela ACSP para conscientizar os brasileiros sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos de mais qualidade.

O impostômetro está localizado na Rua Boa Vista, 51, no Centro Histórico de São Paulo. Quem se interessar pode consultar informações sobre os tributos federais, estaduais e municipais  no site impostometro.com.br.

O Impostômetro estima quanto de impostos, taxas, contribuições e multas que os brasileiros pagam à União, os estados e os municípios. Ele calcula automaticamente os dados utilizados pela Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As receitas dos estados e do Distrito Federal são apuradas com base nos dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), das Secretarias Estaduais de Fazenda, Tribunais de Contas dos Estados e Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda.

As arrecadações municipais são obtidas por meio dos dados da Secretaria do Tesouro Nacional, dos municípios, que divulgam seus números em atenção à Lei de Responsabilidade Fiscal, dos Tribunais de Contas dos Estados.

Somados, o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS), imposto sobre serviços (ISS), o Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Confins), imposto sobre produtos industrializados (IPI) e o imposto de importação (II) representam a maior fatia de arrecadação para os cofres públicos. Vale destacar também como representativo para os cofres públicos o montante pago pela população e pelas empresas em imposto de renda (IR).

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