Economia

Imposto francês sobre gigantes da internet pode arrecadar 500 mi de euros

O imposto é direcionado a empresas com faturamento digital global de ao menos 750 milhões de euros

Proposta será apresentada ao gabinete na próxima quarta-feira antes de ser encaminhada ao Parlamento francês (Pascal Le Segretain/Getty Images)

Proposta será apresentada ao gabinete na próxima quarta-feira antes de ser encaminhada ao Parlamento francês (Pascal Le Segretain/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 3 de março de 2019 às 14h19.

Paris - Um imposto de três por cento sobre o faturamento na França das grandes companhias de internet podem gerar 500 milhões de euros em impostos, afirmou neste domingo o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire.

O imposto é direcionado a empresas com faturamento digital global de ao menos 750 milhões de euros e que na França faturem mais de 25 milhões de euros.

De acordo com Maire, o imposto deverá afetar cerca de 30 empresas, na sua maioria americanas, mas também chinesas, alemãs, espanholas e britânicas, assim como uma francesa e outras de origem francesa depois adquiridas por estrangeiras.

O jornal Le Parisien, que conversou com Maire, incluiu nessa lista empresas como Google, Amazon, Facebook e Apple, além de Uber, AirBnB e Criteo dentro as que devem ser atingidas.

"Um sistema impositivo para o século 21 deve se basear no que tem valor, e isso hoje é a informação", defendeu o ministro, acrescentando que o imposto é também uma questão de justiça, já que as gigantes digitais pagam hoje cerca de 14 por cento menos impostos que as pequenas e médias empresas europeias.

Maire afirmou ainda que o imposto terá como objetivo empresas que ganham comissões na sua intermediação entre outras companhias e clientes. As empresas que vendem seus produtos em seus próprios sites não serão atingidas pela nova taxa.

O imposto se aplicaria também a venda de dados pessoais com fins publicitários.

A proposta, que está sendo preparada pelo Ministério das Finanças, será apresentada ao gabinete na próxima quarta-feira antes de ser encaminhada ao Parlamento francês.

 

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