Economia

Impasse entre governo grego e troika sobre reforma

A troika quer que a Grécia acabe com os aumentos salariais por tempo de serviço e estabeleça uma jornada de trabalho de seis dias


	Protesto em Atenas: o governo estaria disposto a aceitar a última proposta, mas só de forma voluntária e se a jornada não ultrapassar 40 horas por semana
 (Milos Bicanski/Getty Images)

Protesto em Atenas: o governo estaria disposto a aceitar a última proposta, mas só de forma voluntária e se a jornada não ultrapassar 40 horas por semana (Milos Bicanski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2012 às 10h47.

Atenas - As negociações entre o governo grego e a troika, formada pelo Banco Central Europeu (BCE), a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI), sobre a reforma trabalhista chegaram nesta terça-feira a um ponto de impasse total, segundo informaram à Agência Efe fontes do Executivo.

"A situação está completamente bloqueada", explicou hoje uma fonte do Ministério do Trabalho, em referência aos contatos entre o titular da pasta, Yannis Vroutsis, e os representantes da troika, que estão reunidos nesta manhã em Atenas.

O FMI propôs cortar a indenização por demissão, reduzir de seis a três meses o aviso prévio, acabar com os aumentos salariais por tempo de serviço e estabelecer uma jornada de trabalho de seis dias.

Segundo a imprensa grega, o governo estaria disposto a aceitar esta última proposta para os funcionários públicos, mas apenas de maneira voluntária e se a jornada não ultrapassar 40 horas por semana.

As exigências da troika, que incluem a eliminação dos convênios coletivos, foram contestadas pelos sindicatos com a convocação de uma greve geral para esta quinta-feira.

Espera-se que a greve afete o transporte público, os hospitais, os bancos, as repartições públicas e inclusive os voos, já que os controladores aéreos estão estudando participar da paralisação. 

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