Economia

Ilan reforça mensagem de desaceleração moderada no corte da Selic

Sob as mesmas condições declaradas pelo presidente do BC, o Copom vê o encerramento gradual do ciclo de distensão monetária

Ilan Goldfajn: no início deste mês, o BC cortou os juros básicos em 1 ponto percentual, a 8,25 por cento ao ano (Marcelo Camargo/Reuters)

Ilan Goldfajn: no início deste mês, o BC cortou os juros básicos em 1 ponto percentual, a 8,25 por cento ao ano (Marcelo Camargo/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 19 de setembro de 2017 às 11h35.

Brasília - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, reforçou nesta terça-feira a mensagem de que o BC vê neste momento uma desaceleração moderada no ritmo de afrouxamento da Selic como adequada para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em outubro, em apontamento feito em Nova York durante reunião com investidores.

Em discurso bastante similar ao proferido em evento em São Paulo na semana passada, Ilan acrescentou que essa perspectiva leva em conta uma evolução do cenário básico dentro do esperado. Sob essas mesmas condições, o Copom vê o encerramento gradual do ciclo de distensão monetária.

No início deste mês, o BC cortou os juros básicos em 1 ponto percentual, a 8,25 por cento ao ano. Desde que começou a reduzir a Selic em outubro do ano passado, já diminuiu a taxa básica em 6 pontos.

Na mais recente pesquisa Focus, feita pelo BC junto a uma centena de economistas, a expectativa é de que os juros encerrem este ano em 7 por cento, o que embute mais duas tesouradas de 0,75 ponto e 0,50 ponto, respectivamente.

A distensão tem como pano de fundo dados consistentemente baixos para a inflação. No acumulado em 12 meses até agosto, o IPCA somou 2,46 por cento -- abaixo do piso da meta oficial de inflação para este ano, de 4,5 por cento com margem de 1,5 ponto percentual.

Em sua fala nesta terça-feira, Ilan também voltou a dizer que a rápida queda da inflação elevou o poder de compra da população, ajudando a impulsionar o consumo e, por conseguinte, a recuperação da atividade econômica.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopomIlan GoldfajnJurosSelic

Mais de Economia

Exclusivo: governo cogita ir ao STF contra derrubada de vetos que custarão R$ 525 bi na conta de luz

Governo vai editar MP para atenuar efeitos nas contas de luz de vetos derrubados pelo Congresso

Fraude no INSS: governo vai reembolsar aposentados e pensionistas em parcela única

Análise: Copom sinaliza que juros só devem cair em 2026, para frustração do governo