Economia

Ilan diz que BC analisa reforço de capital da Caixa

Banco briga para conseguir o aval do TCU para uma operação que usará R$ 15 bilhões dos trabalhadores depositados no FGTS para capitalizar o banco

Ilan Goldfajn: presidente do BC diz que "analisa todas as alternativas" para eventual reforço de capital no banco (Adriano Machado/Reuters)

Ilan Goldfajn: presidente do BC diz que "analisa todas as alternativas" para eventual reforço de capital no banco (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de janeiro de 2018 às 08h31.

Brasília - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, rejeitou, em entrevista ao Estadão/Broadcast, a hipótese de que a Caixa descumpre as regras internacionais que exigem mais capital para que o banco continue emprestando dinheiro, que entrará em vigor em 2019.

Segundo ele, "não ocorrerá essa hipótese" porque o BC "analisa todas as alternativas" para eventual reforço de capital no banco.

Para conseguir sustentar esse papel de indutor do crédito, a Caixa briga para conseguir o aval do Tribunal de Contas da União (TCU) para uma operação que usará R$ 15 bilhões dos trabalhadores depositados no FGTS para capitalizar o banco.

Sem essa transação, a Caixa corre o risco de descumprir normas bancárias e ter de colocar um freio na concessão de crédito.

Quando questionado se bancos privados já não tinham feito a mesma operação - venda de bônus sem prazo de vencimento -, o presidente do BC disse que não é exatamente o mesmo tipo de operação.

Durante a entrevista, realizada antes do anúncio do Planalto de afastamento por 15 dias de quatro vice-presidentes da instituição para defesa em investigações do Ministério Público Federal, Ilan disse que não poderia comentar casos específicos. "O que eu posso dizer é que o BC acompanha as instituições de perto." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBancosCaixaIlan Goldfajn

Mais de Economia

Escala 6x1: favorito para presidência da Câmara defende 'ouvir os dois lados'

Alckmin diz que fim da jornada de trabalho 6x1 não é discutida no governo, mas é tendência mundial

Dia dos Solteiros ultrapassa R$ 1 trilhão em vendas na China

No BNDES, mais captação de recursos de China e Europa — e menos insegurança quanto à volta de Trump