Economia

IGP-M sobe 0,85% em abril com alimentos e cigarros

Em 12 meses, o IGP-M avançou 3,65 por cento e a taxa acumulada no ano é de 1,47 por cento

Após o reajuste, a despesa com cigarros passou de estabilidade para alta de 5,72% (Stock Xchng)

Após o reajuste, a despesa com cigarros passou de estabilidade para alta de 5,72% (Stock Xchng)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2012 às 19h00.

São Paulo - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou a alta em abril ao avançar 0,85 por cento, ante variação positiva de 0,43 por cento em março, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira. Os preços dos alimentos no atacado e do cigarro no varejo foram os principais responsáveis por puxar o índice para cima.

Em 12 meses, o IGP-M avançou 3,65 por cento e a taxa acumulada no ano é de 1,47 por cento, de acordo com a FGV.

Dentre os subíndices que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) avançou 0,97 por cento, após alta de 0,42 por cento em março.

Segundo a FGV, contribuiu para a aceleração dos preços no atacado, medida pelo IPA, o índice relativo ao grupo Bens Finais, que avançou 0,78 em abril depois de ter subido 0,28 por cento em março. Nesse grupo destacou-se o subgrupo alimentos processados, que subiu 1,43 por cento depois de ter registrado deflação de 0,54 por cento em março.

Já o segmento Bens Intermediários registrou ganho de 1,13 por cento, ante alta de 0,62 por cento no mês passado. A principal contribuição para a taxa neste segmento foi do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, que registrou alta de 1,26 por cento em abril após variação positiva de 0,82 por cento em março.

Já o índice de Matérias-Primas Brutas teve alta de 0,97 por cento em abril, ante 0,31 por cento anteriormente. Os principais responsáveis pela aceleração do grupo foram soja em grão (7,07 por cento para 11,76 por cento), minério de ferro (-0,57 por cento para 0,79 por cento) e café em grão (-9,78 por cento para -6,78 por cento).

Varejo

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,55 por cento em abril, após avanço de 0,48 por cento no mês passado. A principal contribuição para a variação de preços do varejo veio do grupo Despesas Diversas, cuja taxa avançou 2,29 por cento depois de ter subido 0,07 por cento em março.

Nessa classe de despesa, destacou-se o reajuste dos cigarros, que passou de estabilidade para alta de 5,72 por cento.

Também foram registradas altas em Saúde e Cuidados Pessoais (0,54 por cento para 0,86 por cento), Vestuário (0,27 por cento para 1,03 por cento), Alimentação (0,45 por cento para 0,50 por cento), Transportes (0,22 por cento para 0,31 por cento) e Comunicação (-0,26 por cento para 0,06 por cento).

Por sua vez, apresentaram recuo os grupos Habitação (0,99 por cento para 0,52 por cento) e Educação, Leitura e Recreação (0,27 por cento para 0,26 por cento).


O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,83 por cento, ante elevação de 0,37 por cento em março.

O grupo Materiais, Equipamentos e Serviços mostrou alta de 0,58 por cento, ante 0,42 por cento no mês anterior. O índice que representa o custo da Mão de Obra passou de 0,32 por cento em março para 1,08 por cento em abril.

Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel.

Juros

O cenário inflacionário é crucial para que o Banco Central defina sua política relacionada à taxa de juros, atualmente em 9 por cento após corte de 0,75 ponto percentual na semana passada.

Na quinta-feira, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que o BC deve continuar reduzindo a taxa Selic. Para especialistas, isso significa mais cortes na Selic entre 0,25 e 0,50 ponto percentual em maio, quando o comitê de reúne novamente.

Entretanto, o Copom elevou a projeção de inflação para 2012 e 2013 pelo cenário de referência. Segundo o documento, para este ano a estimativa de inflação encontra-se "em torno do valor central" da meta do governo, de 4,5 por cento pelo IPCA. Para 2013, a projeção está "acima" do centro da meta.

Acompanhe tudo sobre:CigarrosEmpresasEstatísticasFGV - Fundação Getúlio VargasIGP-MIndicadores econômicosInflação

Mais de Economia

Estamos performando melhor, diz Haddad sobre descongelamento de R$ 1,7 bi do Orçamento

Free Flow: a revolução do transporte rodoviário no Brasil

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025