Imóveis em São Paulo (Germano Lûders/Exame)
Reuters
Publicado em 18 de março de 2021 às 08h19.
Última atualização em 18 de março de 2021 às 08h43.
Os preços ao produtor e ao consumidor avançaram e ajudaram o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) a acelerar a alta a 2,98% na segunda prévia de março, de 2,29% no mesmo período do mês anterior, com destaque para o comportamento dos combustíveis.
Com isso, a taxa acumulada em 12 meses alcançou 31,15%, de 28,64% antes, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral, teve na segunda prévia de março alta de 3,72%, contra 2,98% no período anterior.
"A inflação de março deve repetir a tônica de fevereiro, confirmando os repasses de pressões inflacionárias iniciadas em commodities agrícolas e industriais; menor pressão entre os preços das matérias-primas (4,11% para 3,89%) e aceleração dos preços de bens intermediários (3,76% para 5,04%) e bens finais (0,66% para 2,05%)", disse em nota André Braz, coordenador dos índices de preços.
"Os aumentos do diesel e da gasolina também seguem influenciando a inflação ao produtor e ao consumidor", completou.
No varejo houve maior pressão, uma vez que a alta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, subiu a 0,89% no período, de 0,29% na segunda prévia de fevereiro.
O grupo Transportes foi o principal responsável por esse resultado, ampliando seus ganhos de 1,19% para 3,52% no segundo decêndio de março, refletindo a aceleração dos preços da gasolina de 3,65% para 9,99%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 1,31% na segunda prévia de março, de uma alta de 1,00% antes.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.
A segunda prévia do IGP-M calculou as variações de preços no período entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.