Economia

IGP-M acelera alta para 1,11% na segunda prévia de julho

Índice Geral de Preços-Mercado havia avançado 0,95% na primeira prévia do mês

Informação é da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Informação é da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2012 às 08h41.

São Paulo - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) acelerou para uma alta de 1,11 por cento na segunda prévia de julho, ante elevação de 0,63 por cento no mesmo período de junho, impulsionado tanto pelos preços no atacado quanto no varejo, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.

O IGP-M havia avançado 0,95 por cento na primeira prévia do mês, ante alta de 0,68 por cento no mesmo período de junho.

Dentre os subíndices que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo-Mercado (IPA-M) teve alta de 1,45 por cento na segunda prévia de julho, ante inflação de 0,65 por cento em igual período de junho.

Os preços dos Bens Finais avançaram 1,03 por cento, ante 0,10 por cento anteriormente. A maior contribuição para esta aceleração foi do combustíveis, cuja taxa passou de -0,23 por cento para 5,15 por cento.

No segmento Bens Intermediários, houve aceleração para 1,45 por cento, ante 1,15 por cento na segunda prévia de junho. A principal contribuição partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 0,41 por cento para 2,48 por cento.

O índice de Matérias-Primas Brutas apresentou variação de 1,93 por cento, contra 0,63 por cento no mês anterior. Os itens que mais influenciaram foram soja em grão (2,64 por cento para 11,04 por cento), milho em grão (-3,98 por cento para 1,55 por cento) e bovinos (-0,76 por cento para -0,03 por cento).

Varejo

Já o Índice de Preços ao Consumidor-Mercado (IPC-M) acelerou a alta para 0,23 por cento, contra 0,14 por cento visto anteriormente. As principais contribuições para esse resultado vieram dos grupos Alimentação (0,55 por cento para 0,88 por cento) e Transportes (-0,80 por cento para -0,46 por cento).

Também foram registrados acréscimos nas taxas de Habitação (0,11 por cento para 0,23 por cento), Educação, Leitura e Recreação (-0,16 por cento para 0,18 por cento) e Comunicação (-0,02 por cento para 0,10 por cento).

O Índice Nacional de Custo da Construção-Mercado (INCC-M) registrou elevação de 0,91 por cento, desacelerando ante alta de 1,58 por cento na segunda apuração de junho.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,54 por cento, ante 0,31 por cento no mês anterior. O custo da Mão de Obra subiu 1,26 por cento na segunda prévia de julho, ante 2,81 por cento no mesmo período do mês anterior.


Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel.

Os indicadores de inflação vinham mostrando de forma geral uma desaceleração, o que sustenta a política do Banco Central de estímulo da economia através da redução da taxa básica de juros, com o objetivo de incentivar a atividade econômica.

Entretanto, nesta semana o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou elevação de 0,96 por cento em julho, após alta de 0,73 por cento em junho.

Também o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) indicou uma aceleração ao registrar alta de 0,22 por cento na segunda quadrissemana de julho, depois de avançar 0,19 por cento no período anterior.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC voltou a reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para a mínima recorde de 8 por cento ao ano, como forma de impulsionar a atividade.

A persistente dificuldade da economia brasileira em deslanchar também tem feito o governo adotar outras medidas de estímulo, como benefícios fiscais a indústrias e consumidores, além de aumento das compras federais.

Enquanto o BC já reduziu sua projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano de 3,5 para 2,5 por cento ao ano, o mercado já fala em algo abaixo do patamar de 2 por cento, o que seria o pior resultado desde a retração de 0,33 por cento em 2009.

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