IGP-DI: preços no atacado contribuíram para a queda no indicador (Divulgação/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 6 de abril de 2017 às 08h43.
Última atualização em 6 de abril de 2017 às 09h09.
São Paulo - O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou em março recuo de 0,38 por cento, depois de subir 0,06 por cento em fevereiro, com uma queda maior nos preços do atacado.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de estabilidade, na mediana das projeções.
Os dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) acelerou a queda a 0,78 por cento, ante recuo de 0,12 por cento em fevereiro. O índice responde por 60 por cento do IGP-DI.
Destaca-se no IPA-DI o recuo de 1,51 por cento das Matérias-Primas Brutas, em março, ante queda de 0,51 em fevereiro, com destaque para o milho.
Os Bens Intermediários passaram a registrar queda de 0,89 por cento em março, ante alta de 0,21 por cento no mês anterior, sendo que o principal responsável para o movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) acelerou a alta a 0,47 por cento, após 0,31 por cento no mês anterior. O IPC-DI mede a evolução dos preços às famílias com renda entre um e 33 salários mínimos mensais e corresponde a 30 por cento do IGP-DI.
No IPC-DI, destaca-se o avanço de 0,71 por cento do grupo Alimentação, após recuo em fevereiro de 0,16 por cento. Isso foi influenciado pelo comportamento do item hortaliças e legumes.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), por sua vez, desacelerou a alta a 0,16 por cento em março, contra avanço de 0,65 por cento antes. O INCC representa 10 por cento do IGP-DI.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.