Economia

IGP-DI sobe 2,22% em abril e acumula alta de 33,46% em 12 meses

IGP-DI tem alta em abril com aceleração da inflação ao produtor, diz FGV

 (Jose Roberto Gomes)

(Jose Roberto Gomes)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de maio de 2021 às 08h53.

Última atualização em 7 de maio de 2021 às 10h07.

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 2,22% em abril, após um avanço de 2,17% em março, divulgou nesta sexta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma elevação de 10,38% no ano e avanço de 33,46% em 12 meses.

A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve elevação de 2,90% em abril ante uma alta de 2,59% em março. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, subiu 0,23% em abril, após o avanço de 1,00% em março. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0 90% em abril, depois da alta de 1,30% em março. O período de coleta de preços para o índice de abril foi do dia 1º ao dia 30 do mês.

A queda no custo da gasolina (-0,62%) e do etanol (-6,77%) ajudou a desacelerar a inflação ao consumidor dentro do IGP-DI de abril. No Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), três das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Transporte (de 3,89% para -0,13%), Habitação (de 0,75% para 0,21%) e Educação, Leitura e Recreação (de -0,37% para -0 75%). Os destaques partiram dos itens gasolina (de 11,05% para -0,62%), tarifa de eletricidade residencial (de 1,02% para -0 45%) e passagem aérea (de -2,73% para -6,51%).

Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,57% para 1,07%), Alimentação (de 0,03% para 0,32%), Comunicação (de 0,01% para 0,66%), Vestuário (de 0 11% para 0,19%) e Despesas Diversas (de 0,22% para 0,27%). Houve influência dos itens: medicamentos em geral (de 0,20% para 2 35%), laticínios (de -0,87% para 1,14%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de -0,01% para 1,50%), roupas (de -0,06% para 0,22%) e serviços bancários (de 0,05% para 0,30%).

O núcleo do IPC-DI passou de alta de 0,31% em março para um avanço de 0,37% em abril. Dos 85 itens componentes do IPC, 35 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, ficou em 65 48% em abril, ante um resultado de 65,16% em março.

IPAs

Os preços dos produtos agropecuários no atacado medidos pelo IPA Agrícola subiram 2,82% em abril, depois de uma alta de 1,73% em março. Já os produtos industriais - mensurados pelo IPA Industrial - avançaram 2,94% em abril, ante aumento também de 2 94% em março.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram alta de 0,99% em abril, ante um avanço de 2,30% em março. Os preços dos bens intermediários subiram 3,57% em abril, após aumentarem 4,04% em março. Os preços das matérias-primas brutas registraram elevação de 3,78% em abril, depois do avanço de 1,61% em março.

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