Economia

IGP-DI desacelera para 0,07% em fevereiro, diz FGV

Analistas esperavam avanço menor, de 0,02%. Em fevereiro de 2011, o IGP-DI tinha avançado 0,96%

Em 12 meses, o índice acumulou alta de 3,38% (Stock.xchng)

Em 12 meses, o índice acumulou alta de 3,38% (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2012 às 08h36.

São Paulo - O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,07 por cento em fevereiro, ante elevação de 0,30 por cento em janeiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.

Analistas consultados pela Reuters previam deflação de 0,02 por cento, segundo a mediana de 15 previsões, com as estimativas variando de queda de 0,10 por cento a alta de 0,20 por cento.

Em fevereiro de 2011, o IGP-DI tinha avançado 0,96 por cento. Em 12 meses, o índice acumulou alta de 3,38 por cento.

O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais, sendo o indexador das dívidas dos Estados com a União. O índice também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo-Disponibilidade Interna (IPA-DI) -que calcula os preços de bens agropecuários e industriais nas transações comerciais em nível de produtor e responde por 60 por cento do IGP-DI- teve variação negativa de 0,03 por cento, após alta de 0,01 por cento em janeiro.

O Índice de Preços ao Consumidor-Disponibilidade Interna (IPC-DI) -que mede a evolução dos preços às famílias com renda entre um e 30 salários mínimos mensais e que corresponde a 30 por cento do IGP-DI- subiu 0,24 por cento, frente a inflação de 0,81 por cento em janeiro.

O Índice Nacional de Custo da Construção-Disponibilidade Interna (INCC-DI) -que mede a evolução de custos na construção civil- avançou 0,30 por cento em fevereiro, após alta de 0,89 por cento em janeiro. O índice representa 10 por cento do IGP-DI.

Nas últimas semanas, vários indicadores têm mostrado recuo da inflação e até deflação. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo , por exemplo, caiu 0,07 por cento em fevereiro, ante alta de 0,66 por cento em janeiro, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na segunda-feira.

Tal cenário favorece a queda da taxa básica de juros, a Selic, que já perdeu 2 pontos percentuais desde agosto, para os atuais 10,50 por cento ao ano.

Nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve anunciar outro corte. No mercado financeiro, as apostas nos últimos dias dividiam-se entre mais um corte de 0,50 ponto percentual e uma redução maior, de 0,75 ponto.

A redução dos juros tem por objetivo impulsionar o crescimento da economia. A economia brasileira cresceu 0,3 por cento no quarto trimestre de 2011 em comparação com o terceiro, levando a expansão acumulada no ano a 2,7 por cento, segundo números divulgados na terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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