Economia

Iedi reduz a 2% projeção de alta da produção industrial

A avaliação é do economista e presidente do instituto, Rogério Souza, que estima em 2% a expansão industrial no país no ano


	Indústria de autopeças: segundo economista, oscilação deve se manter nos próximos meses, indicando ciclo mais curto de ajustes dos empresários na produção
 (Getty Images)

Indústria de autopeças: segundo economista, oscilação deve se manter nos próximos meses, indicando ciclo mais curto de ajustes dos empresários na produção (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 17h04.

Rio - Após mais um resultado fraco na produção industrial regional em agosto, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na manhã desta terça-feira, 08, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) reduziu a expectativa de crescimento do setor neste ano.

A avaliação é do economista e presidente do instituto, Rogério Souza, que estima em 2% a expansão industrial no país no ano, abaixo dos 2,5% das projeções iniciais.

"O crescimento não deve passar disso. O que vemos nos dados regionais é uma confirmação das previsões de comprometimento das expectativas de desempenho para o setor", declara Souza.

Segundo o economista, a oscilação deve se manter nos próximos meses, indicando um ciclo mais curto de ajustes dos empresários na produção. "As incertezas estão prejudicando essas avaliações sobre o ritmo de produção. Os empresários não têm boas expectativas em relação aos seus negócios e mercados, e isso justifica o movimento de gangorra na produção ao longo do ano, que deve se manter até dezembro."

A forte retração na produção industrial da Bahia, em função do apagão em agosto na Região Nordeste, também foi lembrada. "É uma queda bastante ruim, que se repercute em todo o Nordeste, mas é algo pontual. É simbólico por interromper uma sequência de altas na indústria baiana", resumiu Souza.

No Rio, a "queda bastante expressiva" da produção, de 4,2% em agosto, também preocupa o economista. Segundo ele, o Rio é representativo do parque industrial nacional, sobretudo no segmento automotivo, que representa maior queda.

Somados, Rio, São Paulo e Minas Gerais correspondem a 60% da produção nacional. "A alta de 0,6% em São Paulo e de 0,3% em Minas Gerais demonstram uma primeira reação após resultados muito ruins nos últimos meses. Ainda assim, são crescimentos que partem de uma base ruim em 2012 e não se sustentam nesta trajetória de gangorra deste ano."

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