Economia

Perspectivas para indústria melhoram com SP e RJ, diz Iedi

Nesse ritmo, São Paulo fechará 2013 com crescimento de 4%, ante queda de 3,8% em 2012, enquanto o Rio avançará 5,5%, recuperando a queda de 4,7% em 2012


	"Tiraria a conclusão de que o crescimento dos dois principais Estados produtores é um bom sinal. Mas eles não conseguem conduzir sozinhos o setor", afirmou o economista-chefe do Iedi
 (Feng Li/Getty Images)

"Tiraria a conclusão de que o crescimento dos dois principais Estados produtores é um bom sinal. Mas eles não conseguem conduzir sozinhos o setor", afirmou o economista-chefe do Iedi (Feng Li/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2013 às 17h37.

São Paulo - As perspectivas para a indústria em 2013 começam a melhorar, se considerada a produção de São Paulo e do Rio no primeiro trimestre de 2013, de acordo com análise do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

A média do crescimento industrial paulista, de janeiro a março, comparado ao trimestre imediatamente anterior, revela um perfil de crescimento sustentado - de 1,5%, 1,1% e 1,1%. No Rio, para a mesma base de comparação, o cenário é semelhante, de altas de 1,9%, 1,9% e 1,7%, no terceiro e quarto trimestre de 2012 e no primeiro trimestre deste ano.

Nesse ritmo, São Paulo fechará 2013 com crescimento de 4%, ante queda de 3,8% em 2012, enquanto o Rio avançará 5,5%, recuperando a queda de 4,7% em 2012. "Tiraria a conclusão de que o crescimento dos dois principais Estados produtores é um bom sinal. Mas eles não conseguem conduzir sozinhos o setor", afirmou o economista-chefe do Iedi, Rogério César de Souza.

Além de São Paulo e Rio, há outros dois grupos a direcionar a indústria nacional neste início de ano. De um lado, estão as Regiões Sul e Nordeste do País, cuja produção no primeiro trimestre (comparado a igual período imediatamente anterior) cai, em resposta a uma retração da demanda e à queda de produção de caminhões. Do outro, estão Minas Gerais e o Espírito Santo, cuja produção é bastante concentrada em commodities, que têm o desempenho atrelado ao mercado internacional.

A indústria de Minas recuou 5,9% de janeiro a março. Na mesma base de comparação, o Espírito Santo caiu 5,6%; a Região Nordeste, 1,0%; o Rio Grande do Sul, 4,2%, e o Paraná, 3,2%. A análise de Souza é que, no Sul, houve uma piora em atividades tradicionais, como a de fumo, além da queda de produção de caminhões, que, na margem, no entanto, voltou a subir. No Nordeste, há uma retração da demanda, disse.

"Políticas de renda do governo, como o Bolsa-Família, expandiram a demanda num primeiro momento, principalmente, de alimentos. Mas, agora, as famílias estão endividadas e os programas já não têm o mesmo efeito", ressaltou. A avaliação é que o período atual é de acomodação.

Já as indústrias mineira e capixaba, no primeiro trimestre do ano, são carregadas pelo desempenho da siderurgia e mineração. "Nos dois Estados, a produção é mais concentrada do que em São Paulo, por exemplo. Com isso, problemas ocorridos nessas duas atividades atingem, diretamente, o resultado de todo setor", ressaltou.

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