Economia

Ideli não comenta possível veto ao texto dos royalties

O texto aprovado terça-feira pela Câmara que muda a distribuição dos royalties da exploração de petróleo no mar, alterando as regras para as áreas já licitadas, contraria a posição do governo


	A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, gesticula no Palácio do Planalto: egundo ela, o texto ainda não chegou ao governo
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, gesticula no Palácio do Planalto: egundo ela, o texto ainda não chegou ao governo (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2013 às 21h15.

Brasília - A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, evitou comentar se a presidente Dilma Rousseff poderá vetar parcialmente o projeto sobre os royalties de petróleo, mantendo a divisão para áreas licitadas, por causa de um erro de cálculo na tabela de distribuição. Segundo ela, o texto ainda não chegou ao Planalto.

"Em primeiro lugar precisamos ver como o projeto vai chegar para a sanção da presidenta. Ele (o projeto) ainda não saiu da Casa", disse Ideli. Segundo ela, na terça-feira (06), durante jantar no Palácio da Alvorada com as cúpulas do PT e do PMDB, foi levantada a hipótese de correção desse erro por meio de emenda de redação. "Eu não sei se é possível", afirmou.

O texto aprovado terça-feira pela Câmara que muda a distribuição dos royalties da exploração de petróleo no mar, alterando as regras para as áreas já licitadas, contraria a posição do Palácio do Planalto e os interesses de municípios e Estados produtores, principalmente Rio de Janeiro e Espírito Santo. Um dos pontos que pode ser usado pelo Planalto, no caso de haver decisão pelo veto, é o fato de que, em uma das tabelas aprovadas em relação ao já licitado, há uma soma de porcentuais que ultrapassa os 100% de recursos que seriam divididos.

A secretária-geral da Mesa do Senado, Cláudia Lira, disse nesta quarta-feira que o regimento interno da Casa prevê que o relator pode fazer a correção, desde que seja constatado um erro formal e não de mérito. "Isso vai depender do relator", disse. "Quando não é problema de mérito, o relator pode fazer a mudança sem necessidade de uma nova votação", explicou Cláudia Lira.

Acompanhe tudo sobre:CongressoEnergiaGoverno DilmaPetróleoRoyalties

Mais de Economia

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições