Ideli: "É só o que podemos dar [o que está no orçamento]. Para o ano que vem têm aí algumas negociações" (Elza Fiúza/ABr)
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2012 às 13h54.
Brasília - O governo federal não pretende conceder mais nenhum aumento salarial este ano além dos que já estão previstos no Orçamento, apesar das greves que só aumentam. A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, declarou nesta quinta-feira que não há espaço no Orçamento de 2012 para novos reajustes aos servidores. "É só o que podemos dar [o que está no orçamento]. Para o ano que vem têm aí algumas negociações", afirmou.
Questionada sobre as greves que já conturbam o serviço público - professores federais, funcionários do Itamaraty, do Ministério da Saúde e outros segmentos já paralisaram, além de outras categorias que podem aderir em breve -, Ideli disse que não há condições para novos aumentos. "Se as greves forem mantidas, vão gerar um impasse sem eficiência e sem eficácia. Não há possibilidade, principalmente em um momento de crise, de executar novas despesas não previstas", afirmou.
A ministra lembrou que uma Medida Provisória enviada no mês passado ao Congresso prevê reajustes para um milhão de servidores do Executivo. A maior parte das categorias, no entanto, não foi contemplada e as greves podem se alastrar.
O governo tem protelado as negociações o máximo possível. Em greve há 40 dias, os professores de 56 das 59 universidades federais foram recebidos uma única vez. A segunda rodada de negociações, marcada para o meio de junho, foi cancelada pelo Ministério do Planejamento. Os servidores do Itamaraty terão a primeira reunião nesta quinta-feira, depois de dez dias de decretada a greve.