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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
Rio de Janeiro - A produção de bens de capital (máquinas e equipamentos), que sinaliza o desempenho dos investimentos, caiu 2,1% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, segundo informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com junho do ano passado, essa categoria elevou a produção em 26,8%.
Em junho, todas as categorias de uso pesquisadas pelo IBGE registraram queda na produção, em relação a maio: bens intermediários (baixa de 0,7%), bens de consumo duráveis (recuo de 3,2%) e bens de consumo semi e não duráveis (queda de 0,8%). Na comparação com junho do ano passado, os resultados foram todos positivos: bens intermediários (alta de 12,1%), bens de consumo duráveis (aumento de 6,8%) e semi e não duráveis (avanço de 6,2%).
Os dados da produção industrial de junho, "em síntese, reforçam os sinais de redução no ritmo da atividade fabril, que marca o terceiro mês consecutivo de queda frente ao mês anterior na série ajustada sazonalmente", segundo comentaram os técnicos do IBGE no documento de divulgação da pesquisa. Para eles, os resultados em relação ao mês anterior mostram "perfil generalizado de queda", com recuo na produção em 20 dos 27 ramos pesquisados.
Desaceleração
O índice de média móvel trimestral da produção industrial, considerado o principal indicador de tendência, mostrou recuo de 0,7% no trimestre encerrado em junho ante o terminado no mês anterior, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado mostra uma forte desaceleração em relação ao apurado no índice de média móvel de maio, quando houve alta de 0,8%.
O IBGE divulgou ainda uma revisão no resultado da produção industrial de maio ante abril, da estabilidade apresentada anteriormente para queda de 0,2%. Com a revisão, a queda de 1,0% apurada na produção industrial de junho representa o terceiro resultado negativo seguido do setor ante o mês anterior.
O economista da coordenação de indústria, André Macedo, disse que a revisão de maio reflete novos números enviados por informantes, sobretudo de bens de capital, além da introdução de novos dados na série com ajuste sazonal. O resultado de bens de capital foi revisado de 1,2% em maio ante abril para variação zero (estabilidade) no período.
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