Economia

IBGE: folha de pagamento na indústria cai 0,8% em abril

Foi a primeira retração do índice depois de duas altas seguidas; resultado em relação a 2010 se mantém positivo

A folha de pagamento da indústria acumula alta de 6,1% em 2011 (Arquivo)

A folha de pagamento da indústria acumula alta de 6,1% em 2011 (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2011 às 13h56.

Rio de Janeiro - O valor da folha de pagamento real (descontada a inflação) dos trabalhadores da indústria recuou 0,8% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda ocorre após três meses consecutivos de expansão. Com o resultado, o índice de média móvel trimestral foi de 0,2% em abril. Em relação a abril de 2010, o valor da folha de pagamento real cresceu 4,7% - a décima sexta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação. No ano, a alta acumulada é de 6,1% e, em 12 meses, de 7,5%.

Em relação a abril do ano passado, a folha de pagamento real teve resultados positivos nos 14 locais pesquisados pelo IBGE. São Paulo teve a maior influência sobre o total do País ao registrar expansão de 3,0%, apoiada em grande parte nos avanços dos setores de máquinas e equipamentos (15,4%), meios de transporte (6,9%) e borracha e plástico (16,1%).

Também destacam-se os impactos positivos em Minas Gerais (10,0%), impulsionado sobretudo pelos ramos de metalurgia básica (17,0%) e indústrias extrativas (18,2%); região Nordeste (7,2%), por conta de alimentos e bebidas (17,8%) e meios de transporte (28,0%); Paraná (8,5%), em função das pressões positivas vindas de meios de transporte (18,1%) e alimentos e bebidas (12,8%); e região Norte e Centro-Oeste (7,7%), influenciada pelas atividades de produtos de metal (33,2%) e de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (21,7%).

Entre as atividades, ainda na comparação com abril do ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu em 12 dos 18 setores investigados, impulsionado, principalmente, pelos resultados positivos de máquinas e equipamentos (11,8%), meios de transporte (6,8%), alimentos e bebidas (5,3%), borracha e plástico (12,2%), metalurgia básica (11,5%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,5%). Por outro lado, os maiores impactos negativos vieram de papel e gráfica (queda de 11,4%), produtos químicos (recuo de 2,7%) e vestuário (baixa de 3,9%).

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