Economia

IBGE estuda forma de divulgar taxa de desemprego

No formato em que foi concebida, a nova pesquisa traria apenas dados trimestrais sobre o mercado de trabalho do Brasil e das grandes regiões do país


	Desemprego: atualmente, a Pesquisa Mensal de Emprego apresenta todos os meses taxa de desocupação nas seis principais regiões metropolitanas no país
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Desemprego: atualmente, a Pesquisa Mensal de Emprego apresenta todos os meses taxa de desocupação nas seis principais regiões metropolitanas no país (.)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 16h06.

Rio - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda estuda uma forma de não descontinuar a divulgação de dados mensais sobre a taxa de desemprego no país após a substituição da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, o que deve ocorrer a partir de janeiro do ano que vem.

No formato em que foi concebida, a nova pesquisa traria apenas dados trimestrais sobre o mercado de trabalho do Brasil e das grandes regiões do país.

"Está sendo estudada a possibilidade de colocar essa taxa de desocupação mensalmente para o total do Brasil", disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Atualmente, a Pesquisa Mensal de Emprego apresenta todos os meses a taxa de desocupação nas seis principais regiões metropolitanas no país, com base na coleta de dados conduzida em aproximadamente 45 mil domicílios.

Se fosse calculada com base nos dados da Pnad Contínua, a taxa de desocupação no Brasil seria calculada a partir de informações coletadas em cerca de 70 mil domicílios a cada mês, espalhados por todo o território nacional.

"Condições de ter o dado mensal, a gente vai ter. O que está sendo feito é estudar para saber se o resultado é representativo como taxa de desocupação ou se é (efeito da) mudança de amostra", explicou Azeredo. "Alguns estudos para taxa de desocupação sugerem que, para (o total do) Brasil, a gente pode estar divulgando alguma coisa", acrescentou.

O instituto avalia também a possibilidade de divulgar mensalmente informações sobre rendimentos e carteira de trabalho assinada no total do país.

"Mas ainda está sendo estudada a viabilidade", ponderou Azeredo, que prefere não dar 100% de certeza de que o IBGE conseguirá manter as divulgações de dados sobre o mercado de trabalho todos os meses.


Segundo ele, na época em que ficou definida a substituição da PME pela Pnad Contínua, os especialistas concordaram que a redução na periodicidade da publicação seria compensada pela vantagem de ter dados mais apurados e com abrangência territorial maior.

A Pnad Contínua começará a ser divulgada na próxima sexta-feira, 17. A principal novidade da pesquisa é justamente a abrangência: mais de 211 mil domicílios são visitados a cada trimestre (uma média de 70 mil por mês) espalhados em 3,5 mil municípios brasileiros.

Para as primeiras divulgações, o IBGE informou que um conjunto de indicadores básicos será priorizado, entre eles a taxa de desocupação, o número de pessoas em idade de trabalhar (antiga PIA, ou População em Idade Ativa), a Força de Trabalho (denominada hoje como PEA, ou População Economicamente Ativa), a categoria do emprego (com ou sem carteira assinada) e a taxa de atividade, entre outros.

Na sexta-feira, serão divulgados os dados dos quatro trimestres de 2012 e os do primeiro e do segundo trimestres de 2013.

Entretanto, ainda não será possível obter números sobre o rendimento nem sobre a distribuição da ocupação nos grupos de atividades, o que deve ser incluído apenas em divulgações futuras.

Segundo Azeredo, a mudança metodológica inclui uma reclassificação das atividades. "Precisamos entender quem está no comércio, quem está na construção, e isso demanda tempo", explicou.

A dessazonalização dos dados, que permite visualizar tendências a despeito de efeitos típicos de determinada época do ano, também está nos planos do instituto, mas sem previsão de entrar em vigor.

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