Economia

IBGE: emprego formal puxa alta da renda

A alta da renda média real (descontada a inflação) dos trabalhadores em fevereiro, em todas as bases de comparação, está ligada ao aumento da formalidade e à geração de vagas em atividades que pagam salários maiores, como indústria e serviços prestados a empresas. A informação foi dada hoje pelo gerente da Pesquisa Mensal de Emprego […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

A alta da renda média real (descontada a inflação) dos trabalhadores em fevereiro, em todas as bases de comparação, está ligada ao aumento da formalidade e à geração de vagas em atividades que pagam salários maiores, como indústria e serviços prestados a empresas. A informação foi dada hoje pelo gerente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo. A renda média real chegou a R$ 1.398,90 no mês passado, o que representa alta de 1,2% ante janeiro e de 0,9% ante fevereiro de 2009.

De acordo com o técnico, os dados mostram a continuidade do aumento do poder de compra dos trabalhadores. Na comparação com fevereiro do ano passado, entre as atividades pesquisadas, os principais aumentos na renda média real ocorreram na construção civil (12,8%), no comércio (6,4%) e na indústria (5,6%).

Desemprego

Azeredo destacou ainda a geração de 725 mil postos de trabalho em fevereiro em relação a igual mês do ano passado. Isso representou o maior número de vagas geradas em meses de fevereiro, em relação a igual período do ano anterior, desde 2004.

Segundo ele, outro dado positivo da pesquisa divulgada hoje é que o número de empregos com carteira assinada aumentou 6,4% em fevereiro ante igual mês de 2009, com geração de 598 mil vagas formais de um ano para o outro. O número de empregos sem carteira caiu 1,4% no período. "Há um cenário econômico mais favorável, que está permitindo um mercado de trabalho mais robusto, com maior geração de postos de trabalho e aumento da formalidade", disse.

Azeredo comemorou ainda o que considera "um novo patamar da taxa de desemprego", que está na casa dos 7% em fevereiro deste ano, ante um patamar em torno de 8% ou mais no mesmo mês em anos anteriores. "O mercado de trabalho está hoje em um novo patamar de desocupação. Em regiões como Porto Alegre e Rio de Janeiro, já há taxas que lembram um cenário americano pré-crise. Isso porque o aumento na geração de vagas está acima do crescimento da procura por emprego", disse.

Na média das seis regiões, a taxa de desemprego em fevereiro foi de 7,4%. Em Porto Alegre, foi de 5,1% e, no Rio, de 5,6%. Em São Paulo, que responde por cerca de 40% do emprego nas seis regiões a taxa no mês ficou em 8,1%.

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