Comer em casa está ficando mais caro, segundo os últimos números do IBGE. (Stock/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 8 de fevereiro de 2024 às 07h32.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do pais, será divulgado na manhã desta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A tendência é que passagens aéreas, transportes por aplicativo e emplacamento de veículos puxem os preços para baixo no primeiro mês do ano. Já a alimentação em casa deve causar o efeito contrário.
A prévia da inflação, o chamado IPCA-15, ficou em 0,31% em janeiro. O percentual ficou 0,09 ponto percentual mais baixo que o registrado em dezembro. Naquele mês, o indicador variou 0,40%. Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 atingiu 4,47%, que é inferior aos 4,72% registrados no período anterior. Em janeiro de 2023, o IPCA-15 registrou variação de 0,55%.
O IPCA-15 apontou que sete dos nove grupos pesquisados tiveram elevação. A maior variação (1,53%) e o maior impacto foram em alimentação e bebidas. “A alimentação no domicílio subiu 2,04% em janeiro com destaque para o aumento da batata-inglesa (25,95%), do tomate (11,19%), do arroz (5,85%), das frutas (5,45%) e das carnes (0,94%)”, informou o IBGE.
Em movimento contrário, a alimentação fora do domicílio (0,24%) desacelerou em relação ao mês de dezembro (0,53%). “Tanto a refeição (0,32%) quanto o lanche (0,16%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (0,46% e 0,50%, respectivamente)”, observou o IBGE.
O grupo transportes teve recuo em janeiro de 1,13% A grande influência foi a passagem aérea, que caiu 15,24%, o que representa o maior impacto individual negativo do mês. A retração dos combustíveis (-0,63%), foi influenciada pelo recuo nos preços do etanol (-2,23%), do óleo diesel (-1,72%) e da gasolina (-0,43%). O gás veicular registrou alta de 2,34%.
O grupo saúde e cuidados pessoais avançou 0,56% com impacto do plano de saúde (0,77%) e dos itens de higiene pessoal (0,58%). Neste grupo, os destaques ficaram por conta das altas de desodorante (1,57%), do produto para pele (1,13%) e do perfume (0,65%).
A expectativa para a inflação de 2024, segundo Relatório de Mercado Focus, do último dia 30, passou de 3,86% para 3,81% Um mês antes, a mediana era de 3,90%. Para 2025, a projeção seguiu em 3,50%.
A meta oficial do governo para 2024 e 2025 é de 3%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.(Com informações da Agência Brasil)