Economia

IBGE divulga dados do PIB do segundo trimestre nesta quarta-feira

Dados devem mostrar que a economia brasileira andou de lado no período de abril a junho, mas outros indicadores já apontam para aceleração da atividade no país

Rua de comércio popular no centro de São Paulo: indicadores do nível de emprego apontam para uma melhora no cenário econômico (Amanda Perobelli/Reuters)

Rua de comércio popular no centro de São Paulo: indicadores do nível de emprego apontam para uma melhora no cenário econômico (Amanda Perobelli/Reuters)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 1 de setembro de 2021 às 06h00.

Esta reportagem faz parte da newsletter EXAME Desperta. Assine gratuitamente e receba todas as manhãs um resumo dos assuntos que serão notícia

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta quarta-feira, 1, os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre deste ano. A expectativa é de que o crescimento da economia brasileira seja de 0,2% em comparação com o período imediatamente anterior.

Os dados mostram uma desaceleração no comparativo trimestral, após a alta de 1,2% no primeiro trimestre ter surpreendido o mercado. Outros indicadores, porém, apontam que no mês de junho a atividade econômica brasileira voltou a acelerar.

O Banco Central informou no dia 13 agosto que seu Índice de Atividade (IBC-Br), sinalizador do PIB, subiu 1,14% em junho ante maio, na série já livre de influências sazonais. Em maio, o indicador teve retração de 0,55% (dado revisado).

"É importante lembrar que em abril tivemos uma nova onda de covid-19 e, mesmo assim, a recuperação econômica foi bem forte e resiliente", diz Gabriel Barros, economista-chefe da RPS Capital, que estima um avanço do PIB de 5,5% para 2021. "O avanço da vacinação está permitindo uma reabertura da economia, o que vai se traduzir em um PIB maior."

Mercado de trabalho

Indicadores do nível de emprego também apontam para uma melhora no cenário. O mercado de trabalho no Brasil mostra "um processo inicial de recuperação" do choque provocado pela crise sanitária, avaliou Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE. A melhora é impulsionada pelo avanço da vacinação da população contra a covid-19, aponta a pesquisadora.

A taxa de desemprego desceu de 14,7% no primeiro trimestre para 14,1% no segundo trimestre do ano, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo IBGE na terça-feira, 31.

"Um fator que opera de forma bastante favorável para a recuperação do mercado de trabalho é a expansão da vacinação. Em muitas cidades do Brasil, você tem a primeira dose em pessoas com 18 anos de idade. Então o avanço da vacinação é bastante importante para a retomada", disse Adriana Beringuy.

"Mas a gente sabe que não depende só do avanço da vacinação. Existem outros fatores que operam decisivamente para a recuperação do mercado de trabalho, que é um mercado que responde a estímulos a economia."

Para Adriana, a recuperação do emprego para patamares pré-pandemia vai depender do desempenho da atividade econômica e do impacto da inflação no poder de compra das famílias.

Assine a EXAME e acesse as notícias mais importantes em tempo real.


Toda semana tem um novo episódio do podcast EXAME Política. Disponível abaixo ou nas plataformas de áudio Spotify, Deezer, Google Podcasts e Apple Podcasts

 

Acompanhe tudo sobre:Banco Centraleconomia-brasileiraExame HojeIBGEPandemiaPIB do Brasil

Mais de Economia

Morre Ibrahim Eris, um dos idealizadores do Plano Collor, aos 80 anos

Febraban: para 72% da população, país está melhor ou igual a 2023

Petróleo lidera pauta de exportação do país no 3º trimestre

Brasil impulsiona corporate venturing para atrair investimentos e fortalecer startups