Economia

IBGE apura redução do ritmo de crescimento do varejo

Apesar de registrar alta em março, o setor apresentou resultado inferior no primeiro trimestre

O setor de supermercados, com maior peso na composição do índice global, teve expansão de 2,8% no trimestre, abaixo dos 6,3% de alta registrada no mesmo período de 2010 (Mário Rodrigues)

O setor de supermercados, com maior peso na composição do índice global, teve expansão de 2,8% no trimestre, abaixo dos 6,3% de alta registrada no mesmo período de 2010 (Mário Rodrigues)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2011 às 14h54.

Rio de Janeiro - Embora o comércio varejista tenha registrado taxas positivas na passagem de fevereiro para março, indicando uma recuperação da atividade em relação ao mês anterior, há sinais de recuo do ritmo de crescimento na comparação com o último trimestre de 2010. A avaliação é do economista Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com dados divulgados hoje (12) pelo instituto, as vendas no varejo tiveram alta de 1,2% em março, depois de leve elevação de 0,3% em fevereiro. Nos três primeiros meses de 2011, no entanto, o setor acumula alta de 6,9%, resultado inferior à expansão de 9,6% do quarto trimestre de 2010. No terceiro trimestre do ano passado a elevação havia sido de 11,2%.

“No curto prazo, vemos taxas mostrando tendência de crescimento, mas, quando olhamos para um período maior, vemos desaceleração no comércio. Quando comparamos os resultados do primeiro trimestre de 2011 com o último trimestre de 2010, vemos desaceleração em quase todas as atividades e no índice geral”, afirmou.

Um exemplo é o setor de supermercados, com maior peso na composição do índice global. Nos três primeiros meses do ano, o segmente teve expansão de 2,8%, abaixo do crescimento de 6,3% registrado nos últimos três meses do ano passado.

De acordo com o IBGE, pelo terceiro mês consecutivo, o setor não foi responsável pela principal contribuição à taxa do comércio, refletindo “possivelmente, uma retração da demanda provocada pelo aumento dos preços dos alimentos”.

O arrefecimento também foi observado no comércio varejista ampliado, que inclui os segmentos de veículos e materiais de construção. No quarto trimestre de 2010, a alta havia sido de 14,3%. No primeiro trimestre deste ano, a taxa caiu pela metade (7,1%).

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