Economia

IBGE: apesar de aumento no trimestre, desemprego cai em abril

Essa é a primeira queda desde novembro de 2014. No entanto, quando analisado o trimestre até abril, o número de desocupados no país chega a 14 milhões

Desemprego: o número de desempregados caiu de 14,2 milhões em março para 14 milhões em abril (Paulo Whitaker/Reuters)

Desemprego: o número de desempregados caiu de 14,2 milhões em março para 14 milhões em abril (Paulo Whitaker/Reuters)

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AFP

Publicado em 31 de maio de 2017 às 13h09.

O índice de desemprego no Brasil retrocedeu um décimo em abril, em sua primeira queda desde novembro de 2014, informou nesta quarta-feira o IBGE.

Os analistas consultados pela agencia Gradual Investimentos apostavam em um aumento do índice, de 13,7% a 13,9%.

O número de desempregados caiu de 14,2 milhões em março para 14 milhões em abril.

Em abril de 2016, a taxa de desemprego era de 11,2% da população ativa.

Os dados reforçam a percepção de que o país começa a superar a pior recessão de sua história, depois de registrar uma queda do PIB de 3,8% em 2015 e um recuo de 3,6% em 2016.

O IBGE anunciará na quinta-feira o PIB do primeiro trimestre, e as expectativas dos analistas consultados pelo jornal Valor Econômico se situam em torno de uma alta de 1% em relação ao trimestre anterior.

A notícia pode representar um alívio para o presidente Michel Temer, encurralado por denúncias de corrupção, e as polêmicas reformas pró-mercado propostas pelo mercado.

O índice de desemprego era de 6,2% em dezembro de 2013, antes da crise. Desde então, registrou alta ou permaneceu estável, com exceção de novembro de 2014, quando recuou de 6,6% a 6,5%.

Entre fevereiro e abril, os setores com maior aumento da mão de obra em relação ao período novembro-janeiro foram indústria (+1,8%) e habitação e alimentação (+3%). Houve um retrocesso na agropecuária (-2,4%), construção (-4,1%) e comércio (-2,6%).

Os dados positivos, no entanto, não desfazem as dúvidas sobre o futuro imediato do país.

"Não se trata ainda de uma tendência. O mercado de trabalho segue muito fragilizado", declarou à AFP André Perfeito, da Gradual.

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