Dinheiro: IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos. (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2014 às 09h18.
São Paulo - A economia brasileira registrou forte desaceleração em fevereiro, apesar de ter marcado o segundo mês seguido de expansão, sinalizando que a atividade deve um ano difícil.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) avançou 0,24 por cento em fevereiro sobre o mês anterior, informou o BC nesta quarta-feira, após registrar expansão mensal de 2,35 por cento em janeiro, em dados revisados e dessazonalizados. Anteriormente havia sido divulgada alta de 1,26 por cento no primeiro mês do ano.
O indicador, considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, cuja mediana de 23 projeções apontava alta de 0,3 por cento.
Na comparação com fevereiro de 2013, o IBC-Br avançou 1,63 por cento e acumula em 12 meses alta de 2,41 por cento, ainda segundo dados dessazonalizados.
A avaliação geral dos agentes econômicos é de que a economia brasileira vai desacelerar neste ano. Pesquisa Focus do BC mostra, por exemplo, que a expectativa dos economistas é de expansão do PIB de 1,65 por cento em 2014. No ano passado, a atividade cresceu 2,3 por cento.
O cenário de atividade mais fraca neste ano vem junto com o da inflação ainda elevada, que levou o BC a aumentar a taxa básica de juros a 11 por cento atualmente, afetando ainda mais o consumo via encarecimento do crédito.
Em fevereiro, a produção industrial brasileira havia avançado 0,4 por cento, no segundo mês seguido positivo, enquanto as vendas no varejo também tiveram resultados positivos nos dois primeiros meses do ano.
O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos.
Atualizado às 9h18