Economia

IABr espera queda de 2,5% na produção de aço em 2014

Presidente executivo disse que perda de competitividade vem sendo claramente notada por setor, que vem operando, no momento, com baixa utilização de capacidade


	Siderurgia: nível ideal é utilização acima de 80%; hoje, média está abaixo de 70%
 (Gerdau SA/via Bloomberg News)

Siderurgia: nível ideal é utilização acima de 80%; hoje, média está abaixo de 70% (Gerdau SA/via Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 15h46.

São Paulo - A produção de aço bruto no Brasil deverá cair 2,5% neste ano em relação a 2013, para 33,3 milhões de toneladas, de acordo com expectativa divulgada nesta segunda-feira, 11, pelo Instituto Aço Brasil (IABr).

Em estimativa divulgada em abril, a entidade aguardava aumento de, aproximadamente, 5% ante 2013.

As vendas internas, por sua vez, deverão atingir 21,7 milhões de toneladas, recuo de 4,9% ainda na relação anual.

"Poucas foram as vezes em que a gente pode dizer com segurança que a indústria passa como um todo por um momento delicado, um momento bastante difícil", disse em coletiva de imprensa o presidente executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes.

O executivo afirmou que a perda de competitividade vem sendo claramente notada pelo setor, que vem operando, no momento, com baixa utilização de sua capacidade.

O nível ideal, disse, é uma utilização acima de 80%, mas hoje no Brasil a média está abaixo de 70%.

O IABr estima que o consumo aparente de aço deverá ficar em 25,3 milhões de toneladas, queda de 4,1%, ainda na relação anual.

As exportações deverão somar 8,4 milhões de toneladas nesse ano, crescimento de 3,9%, enquanto as importações são esperadas para subirem 1,8%, para 3,8 milhões de toneladas, na mesma base de comparação.

O aumento das exportações projetado para o ano, segundo o IABr, deverá ocorrer por conta do religamento do alto forno número 3 da ArcelorMittal Tubarão, em julho passado.

O presidente do Conselho Diretor do IABr, Benjamin Mário Bptista, disse que a ociosidade da indústria também gera muita cautela, sendo que hoje existe uma ociosidade de cerca de 600 milhões de toneladas no mundo.

"Mas há ainda mais oferta entrando em operação", disse. Baptista também é presidente da ArcelorMittal Brasil e do Segmento de Aços Planos América do Sul da companhia.

Acompanhe tudo sobre:acoCompetitividadeCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoVendas

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE