Quando as diretrizes da política econômica e orçamentária forem aprovadas, a parcela de 8 bilhões de euros estará disponível para a Grécia (Daniel Roland/AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 15h36.
Budapeste - O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Janos Martonyi, afirma em carta publicada nesta terça-feira que seu governo está disposto a debater, e inclusive emendar, a polêmica reforma do banco central, criticada pela União Europeia (UE), que teme a redução da independência da entidade monetária.
'Estamos dispostos a considerar a modificação das leis, se necessário', indica o ministro em carta enviada nesta segunda-feira a todos os países da UE e entregue nesta terça à imprensa.
Em sua carta, Martonyi se mostra disposto a dialogar e reconhece a autoridade da Comissão Europeia (órgão executivo da UE) como 'guarda' dos tratados do bloco.
A Hungria foi criticada nas últimas semanas pela Comissão por várias leis, como a do banco central, na qual o órgão percebe uma tentativa de controlar a entidade. Por isso, a UE condicionou a entrega de um empréstimo à Hungria a modificação da norma.
Por isso, Martonyi destaca que já começaram os contatos para 'garantir a todos' a manutenção da independência do banco. Ele também ressalta que o governo húngaro está disposto a dialogar 'com qualquer um que tenha preocupações específicas', mas disse acreditar que a Comissão tratará esses assuntos de forma equilibrada e razoável.
O chanceler húngaro rejeita qualquer violação do compromisso democrático por parte de seu governo, criticado dentro e fora do país após a aprovação de uma nova Constituição, na qual a oposição a considera um mero instrumento para perpetuar o poder do partido Fidesz, legenda do governo.