Economia

Haiti busca 20 bilhões de dólares em investimentos

Após o terremoto que destruiu o Haiti, deixando mais de 250 mil mortos, líderes haitianos estimam mais de US$ 20 bi as necessidades do país para se recuperar

Homem caminha pelas ruínas de catedral no Haiti: o país precisa de 20 bilhões de dólares em investimentos diretos durante cinco a 10 anos, disse especialsta (AFP)

Homem caminha pelas ruínas de catedral no Haiti: o país precisa de 20 bilhões de dólares em investimentos diretos durante cinco a 10 anos, disse especialsta (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 11h37.

Porto Príncipe - Mais de três anos após o violento terremoto que destruiu severamente o país, deixando mais de 250.000 mortos, os líderes haitianos estimam em pouco mais de 20 bilhões de dólares as necessidades do país para se recuperar da catástrofe.

"Segundo nossos cálculos, o país precisa de 20 bilhões de dólares em investimentos diretos durante cinco a 10 anos para se transformar em um país emergente", considerou Grégory Mevs, um dos maiores empresários do Haiti e que lidera a comissão presidencial para os investimentos e o crescimento, que co-dirige com o ex-presidente americano Bill Clinton.

O Haiti é o país mais pobre do continente americano, com uma taxa de desemprego estimada em mais de 70% da população economicamente ativa, onde a maioria de seus habitantes vive com menos de um dólar por dia.

Durante o ano de 2012, apenas 200 milhões de dólares foram investidos no país, segundo o Centro para a Facilitação dos Investimentos (CFI).

"Há uma alta de 180% em relação ao ano anterior (...) mas a opinião internacional permanece cética", lamentou Mevs.

No entanto, sustenta que o clima de investimento mudou enormemente, embora o país continue sofrendo de uma má imagem no exterior em relação a uma instabilidade política crônica e ao seu nível de violência.

"Com uma taxa de criminalidade de 8 em cada 100.000 habitantes, não somos o país mais violento do Caribe que se beneficia de grandes investimentos estrangeiros, e nossa democracia segue em andamento", disse Mevs.

De qualquer forma, com uma situação econômica desastrosa, o Haiti não pode pedir empréstimos e recebe apenas doações.

Diante desta situação, o CFI encoraja os investidores a realizar prospecções do potencial minerador do Haiti e busca sócios para o setor turístico.

Acompanhe tudo sobre:Bill ClintonDesempregoDoaçõesEmpréstimosHaitiPobrezaPolíticos

Mais de Economia

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados