Economia

Haddad sobre e-commerce: governo seguirá países desenvolvidos, com imposto digital à empresa

O ministro ponderou que ainda há etapas a cumprir e que, se necessário, podem ocorrer gradações das medidas para incorporar essas transações para dentro da ordem legal tributária brasileira

E-commerce internacional: a declaração foi dada após reunião do ministro com representantes da varejista chinesa Shein, em São Paulo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

E-commerce internacional: a declaração foi dada após reunião do ministro com representantes da varejista chinesa Shein, em São Paulo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 20 de abril de 2023 às 15h42.

Última atualização em 20 de abril de 2023 às 16h03.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 20, que o governo pretende solucionar a questão da taxação do e-commerce seguindo o exemplo de países desenvolvidos com um imposto digital. O ministro também disse que a alternativa atende a sinalização do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu uma solução administrativa negociada com o comércio eletrônico.

"Quando o consumidor comprar, ele estará desonerado de qualquer recolhimento de tributo. Será feito pela empresa sem repassar nenhum custo adicional", declarou. Questionado sobre a garantia de que não haverá repasse, Haddad afirmou que é "compromisso deles", em referência às empresas que aderiram ao plano de conformidade.

Shein, Shopee e AliExpress

A declaração foi dada após reunião do ministro com representantes da varejista chinesa Shein, em São Paulo.

De acordo com o ministro, a Shopee já havia endereçado uma carta ao governo afirmando que iria aderir ao plano, sinalização também feita pela AliExpress, que fez uma reunião com o secretário executivo do ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo.

O ministro ponderou que ainda há etapas a cumprir e que, se necessário, podem ocorrer gradações das medidas para incorporar essas transações para dentro da ordem legal tributária brasileira. Ele reiterou, porém, que o princípio do plano já está estabelecido: o jogo justo.

À tarde, Haddad se reúne com representantes do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). "O que as redes brasileiras pleiteavam é o que foi oferecido hoje em contrapartida, condições justas", pontuou o ministro.

Na próxima semana, segundo Haddad, a pauta também será discutida com governadores em uma reunião que está pré-agendada.

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