Economia

Cidade de SP prevê arrecadação R$ 1,3 bi menor em 2016

A administração municipal diz que o valor menos se deve à atual crise econômica


	O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT): a Prefeitura prevê arrecadação R$ 1,3 bilhão menor
 (Marcelo Camargo/ABr)

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT): a Prefeitura prevê arrecadação R$ 1,3 bilhão menor (Marcelo Camargo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2015 às 11h25.

São Paulo - A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) da Prefeitura de São Paulo foi aprovada na quinta-feira, 2, por unanimidade pela Câmara e prevê arrecadação R$ 1,3 bilhão menor.

A administração municipal diz que a revisão se deve à atual crise econômica. Foram 35 votos a favor e 8 contra, em segunda votação. O texto segue agora para sanção do prefeito Fernando Haddad (PT).

Pelo projeto, a previsão de arrecadação para 2016 é de R$ 50 bilhões, ante R$ 51,3 bilhões de 2015. Segundo o projeto do Executivo, a atual crise já é visível na redução de arrecadação com o Imposto de Circulação Sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) - que é dividido com o governo do Estado. "O governo tem condições de fazer uma administração de acordo com o cenário econômico atual", comentou o vereador Antônio Donato (PT), presidente da Câmara Municipal.

O vereador Andrea Matarazzo (PSDB), um dos que votaram contra a aprovação do projeto, criticou o texto do começo ao fim. "Eu considero um plano de ficção científica. Estão aqui as mesmas metas do ano passado que, de novo, não serão cumpridas."

Ele citou como o exemplo a previsão de 20 Centros de Educação Unificados (CEUs). "Mas só um ficou pronto."

Vereadores ligados à bancada de apoio ao Executivo esperam que o governo consiga, por meio de recursos na Justiça, renegociar as dívidas com a União para compensar a perda na arrecadação.

E ainda há expectativa de que o Legislativo devolva à Prefeitura cerca de R$ 50 milhões. O projeto prevê que os recursos sejam gastos de acordo com as necessidades regionais detectadas no projeto "Câmara no seu bairro".

Sem gênero

Durante a sessão de quinta-feira, a última antes do recesso, os vereadores também retiraram da LDO menções referentes à diversidade sexual. A frase que dizia "promoção de igualdade de raça, gênero e orientação sexual" deixou de acompanhar o texto.

A medida é adotada depois de a Comissão de Finanças também retirar do Plano Municipal de Educação todas as menções sobre diversidade sexual.

A ideia inicial era discutir o tema nas escolas municipais. Entidades religiosas pressionaram os vereadores para retirar o texto. Já os movimentos LGBT tentaram manter as referências, mas não conseguiram.

O texto final vai para votação em plenário no mês que vem, quando os vereadores voltarem do recesso de meio de ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasFernando HaddadMetrópoles globaisOrçamento federalPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitosSão Paulo capital

Mais de Economia

Subsídios na China fazem vendas de eletrônicos crescer até 400% no ano novo lunar

Conta de luz não deve ter taxa extra em 2025 se previsão de chuvas se confirmar, diz Aneel

Após receber notificação da AGU, TikTok remove vídeo falso de Haddad

Governo pode perder até R$ 106 bi com renegociação de dívida dos estados, estima Tesouro Nacional