Economia

Haddad manifesta a Yellen desejo de aproximação do Brasil com os EUA

Ministro da Fazenda está em Niigata, no Japão, cidade-sede do G7 financeiro, cúpula da qual o Brasil participa na condição de convidado

Haddad: ministro está participando de cúpula do G7. (ISSEI KATO/POOL/AFP/Getty Images)

Haddad: ministro está participando de cúpula do G7. (ISSEI KATO/POOL/AFP/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 11 de maio de 2023 às 09h10.

Última atualização em 11 de maio de 2023 às 13h53.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ter manifestado à secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, a disposição do Brasil em se aproximar mais dos Estados Unidos. Os dois se encontraram nesta quinta-feira (11) em Niigata, no Japão, cidade-sede do G-7 financeiro, cúpula da qual o Brasil participa na condição de convidado.

Em conversa com jornalistas após o encontro, Haddad destacou que Yellen não faz "objeções" à aproximação do Brasil com a China, apesar das tensões sino-americanas. "Uma das coisas que a secretária deixou claro é que ela não faz nenhuma objeção aos acordos comerciais que o Brasil faz, com a aproximação do Brasil com a China, em relação às parcerias estabelecidas. Mas eu manifestei nosso desejo de nos aproximarmos mais dos Estados Unidos", disse o ministro. "Deveríamos estar preocupados com a integração das Américas", acrescentou.

Ao comentar a relação do Brasil com a China, Haddad voltou a defender a ideia do presidente Luiz Inácio Lula da SIlva de se incrementar o uso de moedas locais em trocas comerciais, sem que seja preciso recorrer a uma terceira divisa - no caso, o dólar.Questionado por jornalistas americanos se o Brasil tem alguma preocupação com a possibilidade de o governo americano dar um calote na dívida, Haddad negou. "Os Estados Unidos são a maior economia do mundo e a questão da dívida será devidamente endereçada", destacou.A tensão em torno da dívida americana se dá diante da dificuldade de Casa Branca e Congresso chegarem a um acordo sobre a elevação do teto da dívida.

Na véspera de sua participação no G-7 financeiro, Haddad afirmou que a "sintonia" do G-7 e do G-20 é importante para "a continuidade dos trabalhos". No ano que vem, o Brasil vai presidir o G-20.

Argentina

Haddad afirmou também que uma das pautas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua participação no G-7 da próxima semana é a situação econômica da Argentina. O Brasil tem mobilizado esforços no socorro à nação vizinha.

"Uma das razões pelas quais o presidente Lula está vindo ao G-7 é para tratar desse assunto. Para nós, é uma questão fundamental que esse problema seja endereçado. E o presidente Lula virá na próxima semana com a mesma preocupação, estou antecipando o que ele próprio, de viva-voz, vai trazer”, declarou o ministro após se encontrar com a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen.

Haddad está em Niigata para o G7 Financeiro, marcado para esta sexta-feira, 12, e retorna ao Brasil no sábado (13). Lula, por sua vez, irá a Hiroshima na semana que vem para o G-7 presidencial. O Grupo dos Sete é formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Japão. O Brasil participa dos encontros na condição de convidado.

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