Agência de notícias
Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 06h24.
Última atualização em 5 de fevereiro de 2025 às 06h28.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai apresentar aos novos presidentes do Senado e Câmara as 25 medidas que são consideradas prioritárias pelo governo para a agenda econômica de 2025 e 2026.
A entrega vai acontecer nesta quarta-feira, ao meio-dia, no gabinete do novo presidente da Câmara, deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB). O parlamentar e o ministro tem um bom relacionamento, e trocaram elogios nos últimos dias após a eleição de Motta.
Motta e o senador Davi Alcolumbre (União-AP) foram eleitos os novos presidentes da Câmara dos Deputados e Senado, respectivamente, após votação realizada no Congresso no último sábado.
Entre as prioridades elencadas no documento que será entregue por Haddad estão listados projetos de lei, medidas em andamento que estão sob análise e medidas internas do governo.
Integram a lista, por exemplo, os projetos que tratam da reforma da previdência dos militares e a limitação dos supersalários. Ambos fazem parte do pacote de corte de gastos apresentado pelo governo ao Congresso no final do ano passado e aguardam análise dos parlamentares.
A regulamentação das big techs também é considerada uma prioridade para o governo. Outras medidas como a nova lei de falências, o fortalecimento de proteção a investidores no mercado de capitais, e a modernização no regime de concessão e PPPs também são prioritárias na agenda econômica do governo para os próximos dois anos. Confira a lista completa no final do texto.
"Talvez a agenda boa para o país não seja mais essa, a agenda boa seja de poder tratar da responsabilidade fiscal sobre outros aspectos, rever um pouco a questão dos gastos, mais responsabilidade com as despesas, porque é isso que todo o setor privado está esperando para poder entrar entrarmos em uma situação em que o juros não esteja crescendo tanto como está, para termos um controle sobre o dólar", disse Motta.
À Globonews, Motta ainda disse que o setor produtivo está cansado de novas taxações e avaliou que o ministro Fernando Haddad tem sido vencido por outras áreas do governo que defendem a ampliação de gastos públicos.
"Os números da economia são muito preocupantes. O governo precisa reconhecer que a situação econômica é grave, é necessário responsabilidade fiscal. O governo tem dificuldade de fazer esse movimento (de estabilidade fiscal), mas a Câmara no vai abrir mão de discutirmos isso. Eu acho que eles têm uma dificuldade de entendimento. O ministro Haddad tem ficado vencido nas discussões internas. Nós estamos vendo que a saída com o aumento da arrecadação não vai resolver o problema, se não fechar a torneira do outro lado. O setor produtivo também está cansado, porque as medidas sempre vem para onerar mais".