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Haddad diz que governo irá se manifestar sobre tarifas de Trump após 'decisões concretas'

Ministro da Fazenda falou sobre os possíveis tarifas de 25% do governo americano após reunião com ministro do TCU

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 11h33.

Última atualização em 10 de fevereiro de 2025 às 11h51.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo só irá se manifestar sobre as tarifas de 25% sobre aço e alumínio, anunciadas por Donald Trump, ontem, 9, quando elas se tornarem "decisões concretas". O presidente americano disse que anunciaria nesta segunda o início da aplicação de taxas.

"O governo tomou uma decisão de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas. Não em anúncios que podem ser mal interpretados e revistos. O governo vai aguardar a decisão oficialmente, antes de qualquer manifestação. Vamos aguardar a orientação do presidente da República depois de as medidas serem efetivamente apresentadas", disse o ministro a jornalistas, na manhã desta segunda-feira, 10.

A conversa de Haddad com a imprensa ocorreu após sua reunião com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, sobre o financiamento do programa Pé-de-Meia. O programa, uma das principais iniciativas sociais do governo Lula, enfrenta risco de paralisação devido à decisão do TCU de restringir o uso de recursos provenientes do Fundo Garantidor de Operações (FGO) e do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc) para financiá-lo.

Taxas dos EUA

No início da semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi questionado por jornalistas durante entrevista a rádios de Belo Horizonte (MG) sobre o "tarifaço" de Trump e a possibilidade das medidas atingirem o Brasil. Sobre isso, Lula disse que vai taxar os produtos dos Estados Unidos se a medida do presidente americano se estender ao Brasil. Segundo o brasileiro, a medida seguiria o princípio da reciprocidade.

"É o mínimo de defesa, o governo merece utilizar a lei da reciprocidade. Você tem na organização mundial do comércio uma permissão para que possa taxar qualquer produto até 35%. Para nós, o que seria importante seria os EUA baixar a taxação e nós baixarmos a taxação. Mas se ele e qualquer país aumentar a taxação do Brasil, nós iremos taxá-los também. Isso é simples e muito democrático", disse.

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