Plano Safra 2025/2026: lançamento do plano com R$ 89 bilhões para políticas de crédito rural e apoio à agricultura familiar (Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 30 de junho de 2025 às 15h13.
Última atualização em 30 de junho de 2025 às 15h23.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que o governo seguirá com sua agenda de justiça social, mesmo diante de críticas sobre medidas que aumentam a carga tributária. A fala foi dada durante evento no Palácio do Planalto, em Brasília, onde o governo lançou o Plano Safra 2025/2026 voltado para a agricultura familiar.
No evento, Haddad defendeu a proposta de isentar o pagamento do imposto de renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil. Ele afirmou que as críticas ao governo, especialmente as que apontam para um aumento de impostos, não o intimidam. "Pode gritar, pode falar, vai chegar o momento de debate, mas temos de continuar fazendo justiça social", disse Haddad, ao destacar que o governo está atuando para fechar brechas fiscais e garantir que o andar de cima pague mais impostos. A referência foi feita em relação a ações que visam eliminar o que ele chamou de "jabutis" (termo para projetos adicionados de última hora a uma lei, geralmente para beneficiar grandes empresários).
O evento também foi marcado pelo lançamento do Plano Safra, que destina R$ 89 bilhões para apoiar a agricultura familiar, com foco no financiamento de crédito rural, seguro agrícola e assistência técnica. O programa inclui R$ 78,2 bilhões para o Programa Nacional de Apoio ao Pequeno Produtor Rural (Pronaf), um aumento em relação ao ano anterior, quando foram destinados R$ 76 bilhões.
Em sua fala, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância do plano para melhorar a qualidade de vida dos pequenos produtores e garantir acesso a crédito com juros reduzidos. Ele destacou que, no atual contexto econômico, uma taxa de juros de 5% é equivalente a uma taxa de juros de "zero" devido à inflação.
Além disso, o governo aumentou o limite para a compra de máquinas e equipamentos agrícolas menores, passando de R$ 50 mil para R$ 100 mil. O programa mantém a taxa de juros de 2,5% para essas aquisições, enquanto para máquinas de maior valor, o índice chega a 5%.