Economia

Haddad diz que Fazenda dará 'apoio técnico' a Lira, relator da reforma do IR

Ministro afirma que o governo chegou a um desenho 'satisfatório' da proposta

Para o ministro não há outro caminho a não ser o de compensar a renúncia com a cobrança de imposto para aqueles “que hoje não pagam’ (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Para o ministro não há outro caminho a não ser o de compensar a renúncia com a cobrança de imposto para aqueles “que hoje não pagam’ (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Publicado em 23 de abril de 2025 às 11h27.

Última atualização em 23 de abril de 2025 às 11h59.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que a equipe econômica oferecerá apoio técnico à Câmara dos Deputados na tramitação da reforma do imposto de renda (IR). A proposta, que busca corrigir distorções na cobrança do tributo, tem sido tratada como prioritária pelo governo e conta com respaldo da cúpula da Casa.

— Eu não tive oportunidade ainda de sentar com o relator, Arthur Lira (PP-AL), para conversar sobre isso. O que posso dizer é que não faltará apoio da equipe técnica para ele formar o melhor juízo sobre o assunto — afirmou Haddad em evento promovido pela CNN Brasil.

Para o ministro não há outro caminho a não ser compensar a renúncia com a cobrança de imposto para aqueles “que hoje não pagam’.

— Escolhemos 141 mil brasileiros com mais de R$ 1 milhão de renda por ano que, por uma série de brechas, não pagam impostos. Do nosso ponto de vista, chegamos a um desenho muito satisfatório — disse Haddad. — O impacto micro e macro dessa medida é altamente benéfico para a economia brasileira.

O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), também manifestou apoio à reforma e defendeu uma discussão ampla sobre as formas de compensação para a ampliação da faixa de isenção do IR — que deve chegar a R$ 5 mil mensais. Segundo ele, o tema já é visto como consensual entre os parlamentares.

— A ideia do governo de corrigir a distorção na cobrança de tributos é vista com bons olhos dentro da Casa. Agora se discute a forma mais eficiente de compensar. É praticamente impossível que o Congresso não mexa em uma proposta como essa, pois é no Legislativo onde as leis são lapidadas — afirmou.

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