Haddad: 'proposta de isenção do Imposto de Renda foi meticulosamente estudada' (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 20 de março de 2025 às 09h41.
Última atualização em 20 de março de 2025 às 09h41.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, saiu em defesa do novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, após o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir elevar a taxa Selic. Segundo Haddad, a atual diretoria do BC herdou compromissos da gestão anterior e precisa administrar essa transição com cautela. As declarações foram feitas durante sua participação no programa Bom Dia, Ministro.
"Na última reunião você contratou três aumentos bastante pesados na Selic. Você não pode na presidência do Banco Central dar um cavalo de pau depois que você assumiu. Isso é uma coisa muito delicada".
Haddad também declarou que a proposta de isenção do Imposto de Renda foi meticulosamente estudada por mais de um ano e que a oposição não terá motivos para rejeitá-la. Segundo ele, a medida corrige distorções históricas e busca justiça tributária sem aumentar a carga de impostos sobre os contribuintes.
"A proposta foi muito bem recebida porque quem vai pagar essa conta é quem hoje não paga Imposto de Renda. Estamos falando de justiça tributária. É uma das coisas mais justas que se poderia fazer, me pergunto por que não se fez isso antes", afirmou Haddad.
O ministro enfatizou que a proposta não implica aumento de impostos, mas sim uma redistribuição mais equitativa da carga tributária.
"Atualizar a tabela do Imposto de Renda é populismo? Essa proposta não tem um centavo de aumento de imposto. Você simplesmente troca de mão: cobra de quem não paga e isenta quem hoje está pagando além da conta", explicou.
Haddad também garantiu que a medida não afeta os super-ricos que já pagam imposto, mas sim aqueles que, até então, conseguiam driblar o sistema.