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Haddad defende, em discurso presencial no G20, a taxação dos mais ricos

Haddad não participou das reuniões presenciais do G20 nem do lançamento do plano de proteção cambial do governo

 (Diogo Zacarias/MF/Flickr)

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Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 11h10.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participando presencialmente da reunião ministerial do G20 nesta quinta-feira 29, após testar negativo para a covid-19, defendeu em discurso a taxação dos mais ricos, em toda a economia global. "Soluções efetivas para que os super-ricos paguem sua justa contribuição em impostos dependem de cooperação internacional."

"Essa cooperação já existe. Nos últimos dez anos, conseguimos avanços muito importantes em áreas como troca de informações, transparência, e níveis mínimos de tributação", disse Haddad, citando o trabalho do próprio G20 e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

"Apesar dos avanços recentes, é um fato inquestionável que os bilionários do mundo continuam evadindo nossos sistemas tributários por meio de uma série de estratégias", afirmou o ministro. Haddad citou o mais recente relatório do EU Tax Observatory sobre evasão fiscal, citando que o documento demonstrou que bilionários pagam uma alíquota efetiva de impostos equivalente a entre 0 e 0,5% de sua riqueza. "Colegas, eu sinceramente me pergunto como nós, ministros da Fazenda do G20, permitimos que uma situação como essa continue", questionou Haddad.

Haddad não participou das reuniões presenciais do G20 nem do lançamento do plano de proteção cambial do governo, pois testou positivo para a covid. Nesta quarta-feira, 28, ele disse que voltou a fazer teste e deu negativo e hoje novamente fez outro, também negativo. Por isso, resolveu comparecer à reunião.

"Tinha comprado um sapato novo, um terno novo para vir à reunião", disse o ministro. O Brasil é o atual presidente do G20 e Haddad falou que estava ansioso por participar do encontro pessoalmente.

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