Economia

Haddad apresentará nova âncora fiscal a Lula na sexta-feira

Segundo ministro, decisão sobre envio ao Congresso cabe ao presidente

Após a apresentação, caberá ao presidente Lula definir a data de divulgação do projeto (Lula Marques/Agência Brasil)

Após a apresentação, caberá ao presidente Lula definir a data de divulgação do projeto (Lula Marques/Agência Brasil)

Agência Brasil
Agência Brasil

Agência de notícias

Publicado em 16 de março de 2023 às 09h00.

Última atualização em 16 de março de 2023 às 09h05.

Os detalhes da nova âncora fiscal que substituirá o teto de gastos serão apresentados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira, 17, disse nesta noite o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele afirmou que membros da equipe econômica e da Casa Civil estarão presentes na reunião.

“Ele [o presidente Lula] marcou para depois de amanhã [sexta-feira], portanto, a reunião para que os detalhes sejam apresentados. Já conversei com ele sobre o assunto”, disse Haddad a jornalistas antes de ir para reunião com parlamentares na residência do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

Após a apresentação, caberá ao presidente Lula definir a data de divulgação do projeto. Haddad disse não saber definir se as medidas serão divulgadas antes ou depois da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nas próximas terça, 21, e quarta-feira, 22. Nesta tarde, o próprio Lula disse que pretende tomar uma decisão antes da viagem oficial à China, prevista para o próximo dia 24.

Em relação à elaboração do projeto, o ministro disse que o projeto de lei poderá ser redigido em 24 horas, assim que Lula der o aval. “Ele [Lula] precisa validar o desenho para a gente poder redigir. Isso faz em 24 horas. São regras simples”, explicou. “O assunto está com o presidente da República. É um desenho novo, consistente, que o presidente tem que validar. Lula tem sensibilidade, governou durante oito anos o país”, acrescentou.

Qual decisão referente ao arcabouço fiscal até o momento?

Haddad não confirmou se o novo arcabouço fiscal será discutido na reunião com Lira. O ministro disse tratar-se de um encontro de rotina para “alinhar o Executivo e o Legislativo”, mas admitiu a possibilidade que o tema seja discutido nas conversas com os parlamentares, junto com outros temas. “Há muitas coisas acontecendo no Congresso”, declarou.

Mais cedo, o ministro tinha afirmado que a minuta do projeto já estava no Palácio do Planalto. Na terça-feira, 14, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o documento complementar seria analisado ainda nesta semana.

A Emenda Constitucional da Transição, que liberou do teto de gastos R$ 145 bilhões do Bolsa Família e até R$ 23 bilhões em investimentos caso haja excesso de arrecadação, estabeleceu a obrigação de o governo enviar um projeto de lei complementar que substitua o teto de gastos até agosto. A equipe econômica, no entanto, antecipou o envio para março para dar espaço para o Banco Central (BC) baixar os juros ainda este ano e para dar tempo ao Ministério do Planejamento de elaborar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 conforme as novas regras.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraFernando HaddadLuiz Inácio Lula da SilvaAjuste fiscal

Mais de Economia

Haddad evita comentários sobre o Copom e diz que decisão “atrasada” do FED trará ventos favoráveis

Análise: Copom deixa a porta aberta para acelerar ritmo de alta da Selic para 0,5 ponto percentual

Brasil tem 2º maior juro real do mundo após alta da Selic; veja ranking

Copom eleva Selic em 0,25 pp, para 10,75% ao ano, e sinaliza novas altas de juros