Economia

Haddad: acordo Mercosul-Japão está na ordem do dia para os empresários japoneses

De acordo com o ministro, que destacou as relações históricas entre Brasil e Argentina, o encontro com os empresários japoneses também tratou da reforma tributária para melhorar o ambiente de negócios brasileiro

Haddad: o acordo Mercosul-Japão está na ordem do dia para os empresários japoneses, que se interessam por esse acordo e querem que o governo japonês tenha um olhar interessado, particular para as exportações vindas do Brasil para cá” (Andressa Anholete/Getty Images)

Haddad: o acordo Mercosul-Japão está na ordem do dia para os empresários japoneses, que se interessam por esse acordo e querem que o governo japonês tenha um olhar interessado, particular para as exportações vindas do Brasil para cá” (Andressa Anholete/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 11 de maio de 2023 às 07h56.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, relatou que os empresários japoneses com os quais se encontrou estão interessados na aprovação de um acordo comercial entre Mercosul e Japão.

"O acordo Mercosul-Japão está na ordem do dia para os empresários japoneses, que se interessam por esse acordo e querem que o governo japonês tenha um olhar interessado, particular para as exportações vindas do Brasil para cá”, disse o ministro a jornalistas em Niigata, Japão, cidade-sede do G-7 financeiro.

De acordo com o ministro, que destacou as relações históricas entre Brasil e Argentina, o encontro com os empresários japoneses também tratou da reforma tributária para melhorar o ambiente de negócios brasileiro, de forma a fortalecer os investimentos vindos do país asiático.

"Falamos muito da reforma tributária, interessa demais aos investidores japoneses por uma série de problemas complexos que serão simplificados pela reforma, como também das exportações brasileiras ao Japão. Queremos manter a nossa quota-parte no mercado japonês", declarou Haddad.

Argentina

Haddad afirmou também que uma das pautas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua participação no G-7 da próxima semana é a situação econômica da Argentina. O Brasil tem mobilizado esforços no socorro à nação vizinha.

"Uma das razões pelas quais o presidente Lula está vindo ao G-7 é para tratar desse assunto. Para nós, é uma questão fundamental que esse problema seja endereçado. E o presidente Lula virá na próxima semana com a mesma preocupação, estou antecipando o que ele próprio, de viva-voz, vai trazer”, declarou o ministro após se encontrar com a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen.

Haddad está em Niigata para o G7 Financeiro, marcado para esta sexta-feira, 12, e retorna ao Brasil no sábado (13). Lula, por sua vez, irá a Hiroshima na semana que vem para o G-7 presidencial. O Grupo dos Sete é formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Japão. O Brasil participa dos encontros na condição de convidado.

Haddad: manifestei a Yellen nosso desejo de nos aproximarmos mais dos EUA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ter manifestado à secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, a disposição do Brasil em se aproximar mais dos Estados Unidos. Os dois se encontraram nesta quinta-feira (11) em Niigata, no Japão, cidade-sede do G-7 financeiro, cúpula da qual o Brasil participa na condição de convidado.

Em conversa com jornalistas após o encontro, Haddad destacou que Yellen não faz "objeções" à aproximação do Brasil com a China, apesar das tensões sino-americanas. "Uma das coisas que a secretária deixou claro é que ela não faz nenhuma objeção aos acordos comerciais que o Brasil faz, com a aproximação do Brasil com a China, em relação às parcerias estabelecidas. Mas eu manifestei nosso desejo de nos aproximarmos mais dos Estados Unidos", disse o ministro. "Deveríamos estar preocupados com a integração das Américas", acrescentou.

Ao comentar a relação do Brasil com a China, Haddad voltou a defender a ideia do presidente Luiz Inácio Lula da SIlva de se incrementar o uso de moedas locais em trocas comerciais, sem que seja preciso recorrer a uma terceira divisa - no caso, o dólar.

Questionado por jornalistas americanos se o Brasil tem alguma preocupação com a possibilidade de o governo americano dar um calote na dívida, Haddad negou. "Os Estados Unidos são a maior economia do mundo e a questão da dívida será devidamente endereçada", destacou.

A tensão em torno da dívida americana se dá diante da dificuldade de Casa Branca e Congresso chegarem a um acordo sobre a elevação do teto da dívida.

Na véspera de sua participação no G-7 financeiro, Haddad afirmou que a "sintonia" do G-7 e do G-20 é importante para "a continuidade dos trabalhos". No ano que vem, o Brasil vai presidir o G-20.

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