Economia

Guerra contra o Iraque toma conta das discussões do Fórum Econômico Mundial

O Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), dará nesta sexta-feira (24/1) o impulso aos debates sobre os principais temas econômicos e assuntos em pauta no cenário internacional. Na agenda estão previstos debates sobre o combate ao terrorismo, a formação de blocos econômicos e a crise no Oriente Médio. A iminente guerra entre os Estados Unidos […]

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 15h10.

O Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), dará nesta sexta-feira (24/1) o impulso aos debates sobre os principais temas econômicos e assuntos em pauta no cenário internacional. Na agenda estão previstos debates sobre o combate ao terrorismo, a formação de blocos econômicos e a crise no Oriente Médio. A iminente guerra entre os Estados Unidos e o Iraque é outro tema de destaque. Economistas e autoridades que estão na Suíça participando do evento temem que o conflito possa diminuir os investimentos no mercado financeiro internacional.

A expectativa é que alguns dos participantes, como o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, façam apelos para que a guerra não ocorra. O Fórum também dará início nesta sexta-feira aos debates com os chefes de Estado que participam do evento. O primeiro presidente a participar dos debates será Vicente Fox, do México. A expectativa, entretanto, é para o discurso do presidente Lula, no próximo domingo. Pela primeira vez na história, um chefe de Estado estará participando dos fóruns Social e Econômico. As principais autoridades do Fórum acreditam que Lula irá manter o discurso de defesa dos países mais pobres e do combate à fome em todo o mundo. As informações são da Agência Brasil.

O ministro da Casa Civil, José Dirceu, disse que o discurso de Lula deve ter como foco três pontos: a defesa do social, do emprego e da paz. Para o ministro, esses são os pontos que preocupam todas as nações, não só do Brasil, e o presidente terá uma oportunidade única de dizer isso ao mundo.

"Acredito que, não só no Brasil, mas também no mundo, a prioridade é social, é o emprego, é a paz. Acredito que todos hoje estamos preocupados com que as políticas governamentais atendam aquilo que ficou como herança desses 20 anos de neoliberalismo, que é o desemprego e a fome", afirmou.


Dirceu lembrou que, mesmo que a presença de Lula em Porto Alegre simbolize uma aproximação do Fórum Social Mundial com o Fórum Econômico, ele vai à Suíça como representante do povo brasileiro, como presidente da República. "É uma oportunidade que ele não pode perder, e o Brasil não pode perder para mostrar o nosso ponto de vista."

Para o ministro das Cidades, Olivio Dutra, Lula será uma espécie de porta-voz das demandas do Fórum Social Mundial no Fórum Econômico Mundial. Olivio considera positiva "e necessária" a participação do presidente brasileiro no encontro europeu. "Lula vai ser o porta-voz da demanda do Fórum Social Mundial lá em Davos, que antes era um espaço fechado por pensamento único", disse o ministro. "Lula vai ser a voz da outra parte", resumiu o ministro Olívio Dutra.

A participação de Lula no Fórum Econômico comprova a liderança mundial que o chefe de Estado brasileiro exerce na comunidade internacional, segundo afirmação feita pelo ministro da Cultura, Gilberto Gil, que está em Davos. Para Gil, o presidente Lula é hoje um líder mundial e comprovou a sua hegemonia ao criar, há alguns dias, o Grupo de Amigos da Venezuela.

"Criamos uma nova instância diplomática, feita de acordo com o freguês, num nível de institucionalidade novo, convencendo os Estados Unidos e países da Europa a se associarem. Isso é uma vitória extraordinária", enfatizou.

Na opinião do ministro, o presidente Lula deve participar de todos os debates, nacionais ou internacionais, como forma de dialogar e mostrar-se presente em todo o mundo.

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