Economia

Guedes: Verde Amarelo, Renda Brasil e "outros" serão divulgados na terça

Ministro da Economia falou na tarde dexta sexta-feira em coletiva sobre a criação de empregos formais em julho, que teve saldo positivo após 4 meses

 (Adriano Machado/Reuters)

(Adriano Machado/Reuters)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 21 de agosto de 2020 às 16h01.

Última atualização em 21 de agosto de 2020 às 16h40.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na tarde desta sexta-feira que o governo vai divulgar os programas Verde Amarelo, Renda Brasil e “mais coisas que nós estamos elaborando”, na terça-feira, 22.

Guedes fez parte, junto com sua equipe econômica, de entrevista coletiva sobre os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que registrou o primeiro mês de saldo positivo de vagas no mercado formal em julho, após quatro meses de perdas em função da crise do coronavírus.

O Verde Amarelo seria direcionado como porta de entrada de jovens de baixa renda no mercado formal, com simplificação das regras de contratação. Já o Renda Brasil é o programa de distribuição de renda que deve substituir o Bolsa Família, mas com valor maior e mais abrangente.

Ambos fazem parte do conjunto de medidas que o governo pretende colocar em prática para mitigar os impactos da pandemia na renda dos trabalhadores.

Retomada incerta

O Brasil criou 131.010 vagas no mercado formal em julho, após quatro meses de perdas. O número surpreendeu o mercado, que esperava que o salto positivo ficasse entre 10 mil e 25 mil novos postos.

No acumulado do ano de 2020, foi registrado saldo negativo de 1.092.578 empregos.

Apesar de o ministro ter dito que o Brasil voltou ao ritmo pré-pandemia no mercado formal, o ritmo de atividade dos próximos meses ainda é incerto para economistas.

De um lado, há o temor de que, com o fim dos auxílios do governo, a atividade não continue reagindo como vem acontecendo. De outro, quando a mobilidade for totalmente retomada, espera-se que muitos trabalhadores voltem a procurar por uma vaga, o que deve inflar os números de desemprego.

Para o fim do ano, o mercado espera que a taxa de desemprego do IBGE, que abrange também trabalhadores informais e os que estão fora da forma de trabalho, chegue a 17% ante os 13,3% atuais.

 

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