Economia

Guedes rechaça "qualquer hipótese" de abandonar retomada econômica

Ministro da Economia havia dito que renunciaria ao cargo caso a reforma da Previdência fosse desidratada

Esclarecimento veio logo após o presidente Jair Bolsonaro publicar no Twitter que seu "casamento" com Guedes segue mais forte do que nunca (Adriano Machado/Reuters)

Esclarecimento veio logo após o presidente Jair Bolsonaro publicar no Twitter que seu "casamento" com Guedes segue mais forte do que nunca (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de maio de 2019 às 19h58.

Última atualização em 24 de maio de 2019 às 19h59.

São Paulo — O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem "total compromisso" com a retomada do crescimento econômico e rechaça "qualquer hipótese" de que possa se afastar desse objetivo, disse o Ministério da Economia em nota de esclarecimento divulgada no fim desta sexta-feira.

"O Ministério da Economia reitera ainda sua absoluta confiança no trabalho do Congresso Nacional, instituição com a qual mantém excelente diálogo, para garantir a aprovação da Nova Previdência com economia superior a 1 trilhão de reais", informou a assessoria de imprensa da pasta.

A nota de esclarecimento se refere a declarações de Guedes de que renunciará ao cargo se a reforma da Previdência pretendida pelo governo virar uma "reforminha". Os comentários foram feitos em entrevista ao site da revista Veja.

Guedes disse ainda haver margem de negociação para a economia com a reforma, que pode cair a um mínimo de 800 bilhões de reais.

O esclarecimento do ministério veio logo após o presidente Jair Bolsonaro publicar no Twitter que seu "casamento" com Guedes segue mais forte do que nunca.

As declarações do ministro despertaram reações entre membros do Congresso. O relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), afirmou que não se sente pressionado pelos comentários de Guedes.

Já o presidente da comissão especial que analisa a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM) disse à Reuters que a ameaça do ministro de deixar o cargo foi recado ao governo.

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