Economia

Governo vai liberar "choque de energia barata" em 2 semanas, diz Guedes

Guedes afirmou que há interesse de todo mundo no leilão de áreas de distribuição e transporte de gás natural, que será realizado no dia 6 de novembro

Gás: O ministro de Minas e Energia está sentado em cima de um Oriente Médio de reservas de petróleo, brincou Guedes (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Gás: O ministro de Minas e Energia está sentado em cima de um Oriente Médio de reservas de petróleo, brincou Guedes (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de julho de 2019 às 14h06.

Última atualização em 16 de julho de 2019 às 14h15.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira, 16, durante evento no Palácio do Planalto, que em duas semanas o governo pretende "liberar o choque de energia barata, o choque do gás".

Em 8 de julho, a Petrobras assinou acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para deixar totalmente o mercado de distribuição e transporte de gás natural até 2021. O compromisso abre caminho para que a empresa e o governo atinjam o objetivo de acabar com o monopólio da estatal no mercado. A meta é reduzir o preço do gás e promover o "choque de energia barata" citado por Guedes. 

Ao tratar do setor de energia, Guedes brincou ainda dizendo que o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, "está sentado em cima de um Oriente Médio de reservas de petróleo". Guedes afirmou ainda que o governo conseguiu acelerar o processo da cessão onerosa e que há interesse de todo mundo no leilão de áreas programado para 6 de novembro. 

O leilão da cessão onerosa será realizado sob o regime de Partilha de Produção por ser uma área localizada no pré-sal da bacia de Santos. Os blocos que serão ofertados foram originalmente estabelecidos no âmbito do contrato de cessão onerosa entre a Petrobras e a União, em 3 de setembro de 2010. 

No leilão serão ofertados os blocos que contêm áreas em desenvolvimento de Atapu, Búzios, Itapu e Sépia. Vencerá o certame quem oferecer o maior lucro-óleo para a União, que é o resultado da operação menos os custos.

Guedes participou nesta terça-feira da cerimônia de posse, no Palácio do Planalto, do novo presidente do BNDES, Gustavo Montezano.

Governo Bolsonaro

O ministro Paulo Guedes, afirmou que a transformação que o presidente da República, Jair Bolsonaro, quer fazer no País passa por um "enfrentamento".

"O BNDES está há anos tentando fazer seu aperfeiçoamento, mas manteve ainda diretrizes que não são novas", disse Guedes - que participou nesta terça, juntamente com Bolsonaro, da cerimônia de posse do novo presidente do BNDES, Gustavo Montezano. 

O ministro da Economia afirmou, ainda, que Estados e municípios no Brasil estão "quebrados". Ao mesmo tempo, citou o chamado "Plano Mansueto", formulado para auxiliar no curto prazo a recuperação dos Estados. 

Guedes também brincou com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM-GO), presente ao evento. "Caiado também é vítima de orçamento baixo", lembrou. "Já nos reunimos três ou quatro vezes com o Mansueto. Ou o plano tem problema, ou o governador deve estar segurando alguma estatal que ele não quer soltar. Se ele soltar, o dinheiro vem", disse. 

O ministro da economia afirmou ainda que o novo pacto federativo é o "mais importante", mas "vem mais à frente". "As gestões estaduais e municipais estão engessadas", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:BNDESEstados brasileirosGoverno BolsonaroJair BolsonaroPaulo Guedes

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE