Guedes: nos próximos dias, ele deve anunciar quem vai cuidar da Previdência (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de dezembro de 2018 às 10h39.
Última atualização em 8 de dezembro de 2018 às 11h46.
Brasília - O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, indicou neste sábado (8) mais seis nomes para compor sua equipe de seu "superministério" do governo Bolsonaro.
Como secretário-executivo, Guedes indicou Marcelo dos Guaranys, que hoje trabalha na Casa Civil. Ele é funcionário de carreira do Tesouro Nacional e já foi diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Hoje, integra o seleto grupo de funcionários considerados "super técnicos" da Esplanada pela experiência e conhecimento que possuem e podem transitar em vários órgãos do governo federal.
Para a Secretaria da Fazenda, Guedes nomeou Waldery Rodrigues Junior. Ele terá como adjunto o atual ministro do Planejamento, Esteves Colnago, de acordo com o desenho que está sendo montado para a pasta.
Waldery hoje é coordenador-geral na Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Esteves Colnago é servidor de carreira do Banco Central.
Para a Secretaria de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, o futuro ministro indicou o advogado Paulo Uebel, especialista em direito tributário e financeiro.
Uebel foi CEO do Lide e é ex-secretário de Gestão do governo João Doria, em São Paulo. Seu adjunto será o atual secretário executivo do Ministério do Planejamento, Gleisson Rubin.
O economista Carlos da Costa será Secretário Geral de Produtividade e Competitividade. Executivo nos setores de educação e serviços profissionais, recentemente foi Diretor de Planejamento, Crédito e Tecnologia do BNDES.
Antes, presidiu o Instituto de Performance e Liderança, foi executivo residente no JP Morgan e sócio-diretor do Ibmec Educacional, onde fundou e dirigiu a Faculdade em São Paulo.
O relator da Reforma Trabalhista, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), deve ser indicado nos próximos dias para comandar a área de Previdência Social da nova pasta.
Uma secretaria especial deverá ser criada para ficar sob a direção de Marinho. A ideia inicial era que a Previdência ficasse na secretaria de Previdência e Arrecadação, que ficará com o economista Marco Cintra.
O desenho não está fechado, mas fontes informaram que Guedes quer passar com a escolha de Marinho uma mensagem importante de reforço na reforma da Previdência que pode ajudar na negociação com o Parlamento.
Deputado federal pelo PSDB, Marinho não foi reeleito nas eleições passadas, mas Guedes, com a nova indicação, quer dar mais destaque à reforma da Previdência dentro da estrutura do Ministério da Economia.
Como relator reforma trabalhista, considerada difícil e impopular, Marinho tem experiência para ajudar nas negociações com o Congresso, que serão necessárias para aprovar a reforma da Previdência. Com uma nova secretaria, o Ministério da Economia terá sete secretarias.