(Adriano Machado/Reuters)
Ligia Tuon
Publicado em 23 de setembro de 2020 às 12h07.
Última atualização em 23 de setembro de 2020 às 16h14.
O ministro da economia, Paulo Guedes, disse em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 23, que a segunda parte do texto da reforma tributária será enviada ao Congresso na semana que vem.
Nesse contexto, o ministro voltou a falar na necessidade da criação de impostos alternativos para que seja possível desonerar a folha de pagamentos. O tributo poderá incidir sobre transações digitais e é semelhante à extinta CPMF. Além da criação do imposto, essa fase da proposta deverá trazer o aumento do limite de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física.
A primeira parte da reforma tributária, que já tramita no Congresso, contempla a união de PIS e Cofins em um único imposto sobre valor agregado (IVA), chamado de Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS).
Na coletiva, Guedes voltou a defender a desindexação de recursos da União, o que deixaria o Orçamento federal menos engessado. Essa questão entra no Pacto Federativo que, segundo ele, "também está entrando".
O ministro disse ainda que o foco da equipe econômica para sustentar a retomada da atividade será emprego e renda, mas dentro do programa de responsabilidade fiscal.
Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, reiterou após a fala do ministro que o teto de gastos será respeitado.
Os líderes estavam em reunião com o presidente Jair Bolsonaro antes da entrevista.